sábado, 18 de junho de 2011

Marcha da Maconha divide opiniões no Rio

Os protestos já aconteceram em 18 cidades brasileiras, mas, no Rio, a Marcha da Maconha ainda traz polêmica. O deputado estadual Flávio Bolsonaro não concorda com a decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar o movimento.

Número de mortes por dengue no Estado do RJ é o triplo do aceito pela OMS

Enquanto no Brasil o número de mortes por dengue caiu 64%, no Estado do Rio de Janeiro, 99 pessoas morreram com a doença somente neste ano, quase o dobro dos últimos dois anos somados. O índice é o triplo do aceito pela Organização Mundial da Saúde, que admite no máximo 1% de óbitos entre os casos graves e, no RJ, já são 3%. O número de contaminados também aumentou no Estado e dez cidades do RJ estão com epidemia de dengue.

Polícia busca criminosos nomorro do Tuiuti (RJ)

Na comunidade vizinha à Mangueira, zona norte do Rio, o caveirão ficou estacionado em um dos pontos de acesso. O objetivo era localizar criminosos em fuga. Neste domingo (19), a polícia ocupa o morro da Mangueira para instalação de uma unidade de polícia pacificadora (UPP).

Adeptos destroem centro de Vancouver após derrota.

Revoltados com a derrota na final da Stanley Cup, em hóquei no gelo, frente ao Boston Bruins, por 0-4, os adeptos do Vancouver Canucks iniciaram uma onda de vandalismo que terminou com a destruição de vários edifícios e veículos no centro da cidade.





 


Foram cerca de 100 mil os adeptos que invadiram Vancouver a deixaram um rasto de destruição por onde passaram.

Bactéria E. coli encontrada num riacho de Frankfurt

A bactéria E.coli, que já provocou 39 vítimas mortais, foi encontrada num riacho de Frankfurt, informaram hoje os ministérios regionais de Meio Ambiente e da Saúde alemães.

As autoridades destacaram que não há risco de contaminação da água potável, já que este riacho não está ligado à rede de abastecimento da região.

Por enquanto desconhece-se a causa da contaminação da bactéria, embora haja suspeitas que a origem possa estar numa estação de tratamento de águas próxima, segundo as autoridades alemãs.

Uma estirpe da bactéria E.coli já matou 38 pessoas na Alemanha e uma na Suécia, nas últimas semanas.

@SAPO com AFP

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O que E.coli?

O que é a E. coli?

É uma bactéria comum que vive nos intestinos dos animais e dos humanos. A maioria das estirpes é inofensiva, mas algumas produzem toxinas que causam dores abdominais agudas e diarreia. É o caso da estirpe detectada na Alemanha - 0104:H4, que é rara.

Como se propaga?

As estirpes surgem quando a bactéria chega aos alimentos destinados a consumo humano. A carne bovina é normalmente a principal fonte de infecção, sobretudo a que é consumida pouco cozinhada, tal como os ovos. A bactéria pode estar também presente nas tetas das vacas e chegar ao leite que não seja pasteurizado.

Portadores da bactéria podem igualmente ser os vegetais crus cultivados ou lavados com água contaminada, ou que tenham estado em contacto com fezes de animais infectados.

Uma pobre higiene das mãos, sobretudo após ida à casa-de-banho, pode também levar à contaminação.

Quais os sintomas?

Começam normalmente sete dias depois da infecção. As cólicas abdominais são o primeiro sinal. Poucas horas depois, começa a diarreia com sangue, que dura entre dois a cinco dias. Pode ainda haver febre baixa (nem sempre), náuseas e vómitos.

Que complicações pode causar?

Na maioria dos casos, o quadro clínico é simples, apenas de diarreia sanguinolenta sem sequelas. Na estirpe agora detectada, tem-se desenvolvido, porém, um Síndrome Hemolítico Urémico - um quadro mais grave que leva à deterioração renal crónica que pode ser fatal, sobretudo nos idosos e nos mais novos.

Como proteger-nos?

É importante cozinhar bem a carne, a temperaturas superiores a 70ºC. No caso dos vegetais, há que lavá-los correctamente, principalmente se forem consumidas cruas, com um produto adequado.

Na preparação das refeições, é importante manter a carne crua separada dos outros alimentos, lavar com água quente e sabão as superfícies utilizadas e nunca servir a carne no mesmo prato onde esteve antes de ser cozinhada

Líbia: As mulheres combatentes (Fotos)

Angelina Jolie visita sírios que se abrigam na Turquia

A atriz americana quis ver de perto a situação dos sírios que cruzaram a fronteira dos países para escapar da repressão aos protestos por reformas democráticas.

Gripe H1N1 faz quatro vítimas no Rio Grande do Sul

Já foram confirmados dez casos graves no estado. Quem for do grupo de risco e apresentar sintomas deve tomar o antiviral, mesmo quando não houver sinais de complicação.

Síria cometeu execuções e tortura em grande escala, diz relatório da ONU

Foto:- Internet
O governo da Síria cometeu crimes sérios em grande escala, como execuções, tortura e detenções em massa, durante a repressão aos protestos pró-democracia dos últimos três meses, segundo relatório da ONU sobre a crise no país divulgado nesta quarta-feira (15).

O documento afirma que pelo menos 1.100 pessoas teriam sido mortas, muitos delas civis desarmados, e 10 mil detidas, compilado com base em evidências apresentadas por grupos de defesa dos direitos humanos sírios e pessoas que fugiram do país para escapar da violência.

As denúncias contra o governo incluem 'o uso excessivo de força para conter manifestantes, detenções arbitrárias, execuções sumárias e tortura', diz o documento.

'As denúncias mais sérias dizem respeito ao uso de munição real contra civis desarmados, inclusive por franco-atiradores posicionados no alto de prédios e o envio de tanques para áreas densamente povoadas por civis', completou.

Cidades inteiras foram cercadas, como Deraa (no sul da Síria), impedindo a fuga de civis e a entrada de ajuda humanitária e mantimentos.

O governo sírio não permitiu a entrada dos investigadores da ONU no país.

 

Jisr Al-Shughour

O documento da ONU diz também que helicópteros militares dispararam contra civis durante a recente operação na cidade de Jisr Al-Shughour (no norte do país).

A Síria diz que a operação foi em resposta ao assassinato de 120 integrantes das forças de segurança que teriam sido mortos por 'gangues armadas'. Já testemunhas dizem que os soldados foram executados por se recusarem a disparar contra civis.

Nesta quarta-feira, a Síria fez um apelo para que os mais de 8 mil habitantes de Jisr Al-Shughour que fugiram nos últimos dias para a Turquia voltem ao país.

Um comunicado militar sírio diz que o Exército segue perseguindo 'remanescentes de organizações terroristas armadas' nas montanhas ao redor da cidade.

O comunicado diz que as Forças Armadas sírias preparam uma 'operação limitada' na cidade de Maarat Al-Numan, próxima de Jisr Al-Shughour.

Testemunhas falam que uma grande quantidade de tanques estão nas cercanias da localidade. Milhares de pessoas vêm fugindo da cidade antes do início da violência.

Refugiados sírios na Turquia dizem que tropas leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad queimaram terras e colheitas como forma de punição coletiva às partes do país que aderiram aos protestos.

Ainda nesta quarta-feira, milhares de pessoas realizaram uma manifestação na capital síria, Damasco, a favor do governo.

Kadhafi promete derrotar a Otan e seus aliados na Líbia


O ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, prometeu nesta sexta-feira (17) derrotar a aliança liderada pela Otan que, segundo ele, tentar desalojá-lo da capital do país, Trípoli.

A declaração foi feita em áudio divulgado pela TV estatal, que informou que a fala foi retirada de um telefonema dado pelo líder nesta sexta, sem entrar em detalhes sobre a localização dele.

"Esta é a primeira vez que eles estão enfrentando uma nação armada de milhões", disse. "Eles vão ser vencidos, a aliança vai ser vencida."

Kadhafi pediu aos líbios que se preparem para libertar seu país.

"Preparem-se, homens e mulheres, para libertar toda a Líbia"


Bombardeios de Kadhafi matam dez em Misrata, dizem rebeldes líbios

Mais de 40 pessoas ficaram feridas em ataque à cidade rebelde.

Forças da Otan continuaram bombardeando a capital Trípoli.Dez pessoas morreram e 40 ficaram feridas em bombardeios das forças de Muammar Kadhafi sobre a cidade de Misrata, no oeste da Líbia, que está sob poder dos rebeldes, anunciaram fontes do grupo insurgente.

Segundo Ahmed Hassan, todas as vítimas eram civis que foram atingidos por foguetes do tipo Grad que caíram a 45 quilômetros ao oeste da cidade.

Um vítima era uma mulher, que foi encontrada nos escombros da própria casa.

Hassan afirmou que Misrata é alvo dos bombardeios quase diários das forças de Kadhafi e que nesta sexta-feira não aconteceu nenhum ataque da aviação da Otan. Já em Trípoli, houve bombardeios, à medida que os rebeldes se aproximam da capital.

Ucranianas tiram a roupa para 'dar voz' às mulheres

Feministas ucranianas apoiam mulheres sauditas que querem dirigir 

Ativistas do Femen protestaram em frente a embaixada em Kiev.

'Carros para as mulheres, camelos para os homens', dizia outro cartaz. As sauditas prometem dirigir nesta sexta-feira, em um protesto contra a proibição (Foto: AFP)
Ativista do grupo ucraniano Femen protesta nesta quinta-feira (16) em Kiev, na Ucrânia, em frente à Embaixada da Arábia Saudita. Nas suas calcinhas, estava escrito 'Dê passagem!'. Elas protestam contra a proibição de mulheres ao volante na Arábia Saudita (Foto: AFP)



Elas estão regularmente em fotos nas agências de notícias e nas páginas dos tabloides – sempre com os seios às mostra. As garotas do grupo Femen, uma organização feminista ucraniana, descobriram que mostrar o corpo é uma das melhores maneiras de chamar a atenção para suas causas. Mas quais são mesmo sua causas?

São as mais diversas, como explica à reportagem do G1, em Kiev, uma das líderes do movimento, Inna Shevchenko, estudante de jornalismo de 20 anos. Por isso, até duas vezes por semana elas estão em algum lugar público mostrando os seios.

Já foram alvos o governo ucraniano, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, por causa de suas supostas peripécias sexuais, assim como o líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad, por não livrar Sakineh Mohammadi Ashtiani da condenação por apedrejamento. Na última semana, elas lembraram os 25 anos do acidente de Chernobyl e protestaram contra o uso da energia nuclear.

“Claro que protestamos contra tudo. O que queremos é ter uma voz”, diz Inna.


 
Integrantes do Femen protestam contra a polícia, por tentar deter o movimento. Inna Shevchenko aparece à direita, enquanto, à esquerda, uma de suas colegas já é arrastada por um policial. (Foto: Divulgação)


Mas por que optaram por protestar topless? Não é contraditório mostrar o corpo, atraindo olhares masculinos, quando a intenção é valorizar a mulher? Inna conta que antes elas organizavam protestos vestidas normalmente, mas viram que não tinha nenhuma repercussão, por isso resolveram radicalizar. “Quando uma mulher tira a roupa, é porque algo muito sério aconteceu. Aí as pessoas querem saber o que é”, explica a jovem.
Sua mãe chora toda vez que vê a filha na imprensa, sendo presa, como já aconteceu incontáveis vezes. “Minha mãe cresceu sob o comunismo. Para ela já não era normal protestar, quanto mais mulheres protestarem. Mulheres protestarem sem roupa, então, é uma loucura para ela”, conta.


A polícia impede suas manifestações com base numa lei ucraniana que proíbe mostrar “genitálias” em público. “Mas seio não é genitália”, argumenta Inna. Além disso, homens podem sair sem camisa e mulheres tomam sol sem a parte de cima do biquíni, então por que não podem protestar assim?
 

Integrantes do Femen reunidas num café no centro de Kiev, onde coordenam suas atividades e onde deram entrevista à reportagem do G1. (Foto: Dennis Barbosa/G1)
 
As garotas do Femen querem romper com o feminismo tradicional. “Aquele era para as mulheres serem iguais aos homens. Nós não – queremos ter o nosso lugar sendo mulheres. Por isso mostramos como somos sexy”. Atualmente o Femen tem 300 integrantes - 30 delas fazem protestos topless e se denominam as “guerreiras” do grupo. A média de idade é de 22 anos, mas há uma integrante de 63 anos.
Inna conta que os homens que assistem às manifestações nunca tentaram fazer alguma bobagem ou se aproveitar. No máximo, tiram fotos com o celular. A integrante do Femen também garante que o fato de que a grande maioria das “guerreiras” serem bonitas é uma coincidência e que não há seleção com base na aparência das militantes. “Olhe à sua volta – todas as ucranianas são bonitas. Não somos agência de modelo”, afirma.

Fonte:- G1

As mulheres ao volante de uma revolução na Arábia Saudita

Um grupo de ativistas dos direitos femininos lançou um protesto via Internet, na Arábia Saudita, apelando às mulheres para que conduzam a partir de hoje nas ruas do país.

Desde o início do mês que pelo menos duas mulheres foram detidas, ao volante, sem a autorização de circulação atribuída exclusivamente aos automobilistas do sexo feminino.

Uma das iniciadoras do protesto, Manal Alsharif, tinha publicado este vídeo na Internet, ao volante de um carro, no Leste do país.

Um grupo conservador ameaça espancar em público todas as mulheres que ousem conduzir.

Uma ativista explica que não necessita de um homem para poder conduzir um carro, “graças a esta liberdade poderei trabalhar e ocupar-me da casa, conduzir os meus filhos à escola e fazer a minha vida quotidiana, em segurança e sem depender de um taxista ou de um estrangeiro que sirva de motorista”.

Impermeável até agora às revoltas nos países árabes, o regime saudita, continua a travar qualquer reforma. As duas automobilistas detidas foram acusadas de manchar a reputação do país.

Exército sírio volta a abrir fogo contra manifestações anti-regime

Apesar da violência do regime, dezenas de milhares de sírios voltaram a sair à rua para protestar contra o presidente Bashar Al-Assad.

Em Homs, no centro da Síria, o exército abriu fogo sobre cerca de cinco mil manifestantes, fazendo dezenas de feridos e vários mortos, segundo ativistas dos direitos humanos.

O cenário repetiu-se noutros pontos do país onde, mais uma vez, os sírios aproveitaram as orações de sexta-feira para elevar a voz contra o regime.

Na província de Deraa, epicentro da contestação iniciada há três meses, os protestos reuniram dezenas de milhares de pessoas, segundo ativistas sírios.

A União Europeia e os Estados Unidos tentam condenar o regime sírio no quadro das Nações Unidas, mas continuam a contar com a oposição da China e da Rússia.

Nos protestos desta sexta-feira, a bandeira russa era queimada juntamente com símbolos do regime de Al-Assad e do Irão, aliado da Síria.

O secretário-geral da ONU apelou a Damasco para “parar de matar” civis, num momento em que a repressão já custou mais de 1300 vidas.

A caça ao homem na Síria

A aldeia síria de Harapjavz, a poucos quilómetros da fronteira com a Turquia, está praticamente deserta.

Um retrato da caça ao homem como conta o enviado especial da Euronews.

“Esta aldeia que vemos atrás de mim na fronteira síria foi bombardeada pelo exército de Bashar al-Assad durante a noite. Por isso, as pessoas foram obrigadas a fugir” afirma Mustafa Bag.

Os habitantes partiram para a localidade síria de Jenudi. O objetivo é chegar à Turquia, a única forma de escapar à repressão. A população garante que em curso está uma operação de limpeza:

“Os militares chegaram e não pouparam ninguém.

Atiraram sobre mulheres, crianças e todos os que encontraram pela frente, até mesmo animais” afirma um jovem.

Esta quinta-feira, as tropas de Bashar al-Assad reforçaram posições em Maarat al-Numaan e em Kahn Sheikhoun, no norte do país.

À medida que os militares avançam no terreno, aumenta o desespero. Famílias inteiras foram obrigadas a deixar tudo para trás:

“Fugimos da morte. Partimos com toda a família e com o nosso filho que é deficiente” refere um homem.

“Depois de partir disseram-nos para regressar porque estava tudo bem. Ontem voltámos, mas havia tiros por todo o lado. Por isso, decidimos seguir me direção a El Breire. Dormimos no chão porque não levámos nada connosco. As crianças choraram toda a noite. Temos medo de tudo: dos animais selvagens, dos bombardeamentos, de tudo” afirma uma mulher.

Fontes locais garantem que 100.000 sírios se preparam para abandonar a Síria em direção à Turquia. Isto numa altura em que os campos de refugiados do outro lado da fronteira estão lotados.

Turquia: um modelo para o mundo árabe?

A Turquia – país maioritariamente muçulmano, com uma república constitucional democrática e secular – tem vindo, nos últimos anos, a afirmar-se como potência política e económica na região. Agora, a Turquia é cada vez mais citada como exemplo político para um mundo árabe em revolução.

“A Turquia como modelo” foi o tema de uma cimeira, organizada em Istambul em meados de Março, dedicada à mudança – na mesma altura em que o mundo árabe vive um desejo de mudança.

Políticos, intelectuais, jornalistas e líderes religiosos de todo o mundo debateram as dinâmicas que estão a transformar o planeta, a nível político, económico e social. Uma verdadeira partilha de experiências…

À luz do que se passa no mundo árabe, os debates concentraram-se na experiência turca como modelo de democratização dos países em revolta.

O “modelo turco” é um misto de Islão e de democracia, representado, em parte, pelo AKP, partido no poder desde 2001.

De tendência islamita soube adaptar-se e, embora a oposição o acuse de ataques à laicidade, é comparado aos partidos democratas-cristãos da Europa.

“Com a sua experiência democrática, a Turquia provou ao mundo que Islão e democracia podem ser compatíveis”, afirmou, perante a plateia, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

Uma opinião partilhada por Wendy Chamberlin, presidente do “Middle East Institute”, de Washington DC: “Penso que a Turquia está a emergir como um importante líder da região. A Turquia foi capaz de demonstrar que crescimento económico rápido, democracia e fé islâmica não são incompatíveis e até se apoiam entre si. Penso que é uma posição de liderança muito importante para a Turquia”.

Mas poderá o modelo turco ser copiado por outros países muçulmanos? Ahmed Nejib Chebbi, uma das principais figuras da oposição tunisina a Ben Ali, e presidente do Partido Democrático Progressista, esboça uma resposta: “A Turquia tem a singularidade de ser um país democrático dirigido por um partido de referente islâmico. Por isso, a pergunta que se coloca no mundo árabe e no mundo em geral é: O islão político e a democracia são compatíveis? Aparentemente, a Turquia responde a isso positivamente. Mas não posso dizer que seja o modelo exato, procurado pelo mundo árabe. Procuramos um modelo que inclua todas as forças, mesmo as forças do Islão político”.

Com um exército com peso na vida política, a Turquia continua a ser uma democracia em processo.

Apesar das reformas políticas empreendidas, sobretudo com vista à adesão à União Europeia, os observadores, como Tariq Ramadan, professor na Universidade de Oxford, continuam críticos face à democracia turca: “O modelo turco também deve ser reformado. Trata-se de um processo é longo. A Turquia já fez muitos progressos mas esta democracia não é totalmente independente nem dos militares nem das questões europeias. Penso que há uma referência muçulmana na democracia turca que está a ter uma grande influência no mundo árabe de hoje”.

Mas antes que a Turquia se imponha no mundo, Stephen Kinzer, jornalista e escritor americano, especialista da questão turca, defende que o país tem questões e desafios internos aos quais deve fazer face: “Antes que um país possa assumir um papel progressivamente mais importante no mundo, precisa de ter uma base sólida a nível interno. A sociedade turca está a dar sinais de polarização e de intolerância – que durante anos a minaram – e que ainda existem. Enquanto a sociedade turca não alcançar um nível superior de união interna e enquanto os conflitos internos não se acalmarem, haverá um limite à influência que a Turquia pode ter no mundo”.

Enquanto a experiência turca parece ser uma fonte de inspiração para certos meios políticos dos países árabes, a Turquia continua, ela própria, a sua revolução democrática – não nas ruas, mas na esfera política.

Parte dos corpos do voo Rio-Paris foram recuperados

Dois anos depois do acidente do voo Rio-Paris, que causou 228 mortos de 32 nacionalidades, os restos de parte das vítimas chegaram a França.

Cento e quatro corpos foram resgatados nas últimas semanas em águas brasileiras, chegaram esta manhã de navio a Bayonne, no sudoeste da França.

As famílas das vítimas encontram-se também no local para participarem no processo de identificação que pode durar meses e que está a criar algum conflito entre os familiares.

“Certas famílias, e eu próprio incluido, concluimos que as autoridades acabam de efectuar um excelente trabalho. Foi notável o fato de terem conseguido encontrar os restos do avião, as caixas negras e mesmo parte dos corpos. Mas é claro que há outras famílias que dizem que foi tudo muito lento e mostram alguma desconfiança”.

O barco fretado pelo Organismo de Investigação e Análises (BEA) concluiu no dia 3 de junho as operações de resgate de parte corpos e partes do Airbus A330 a 3.900 m de profundidade no Oceano Atlântico.

Os outros corpos permanecem entre os restos do avião.

Os investigadores da BEA trabalham atualmente com os dados contidos nas caixas-pretas resgatadas no início de maio.

Um relatório deverá ser apresentado no final de julho.

O egípcio Ayman Al-Zawari é o novo rosto da Al-Qaeda.

Num comunicado online a organização terrorista confirma que o médico de 59 anos sucede a Osama bin Laden, morto no início de maio na sequência de uma operação norte-americana no Paquistão.

O egípcio conhecido como o “cérebro” chegou à Irmandade Muçulmana com, apenas, 15 anos.

Em 1980 esteve envolvido no assassínio do Presidente do Egito e acabou por ser preso.

Integrou a Jihad islâmica egípcia antes de se juntar à Al-Qaeda em 1998. Foi durante a guerra contra os soviéticos que conheceu bin Laden. De amigo a médico pessoal foi o passo.

Zawari tornou-se número dois da organização e à semelhança do líder sempre denunciou a política norte-americana no Afeganistão e no Iraque.

O novo líder da Al-Qaeda promete seguir as pisadas de bin Laden e continuar a guerra santa contra os Estados Unidos e Israel.

O homem que muitos acreditam ter sido o “cérebro operacional” dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos já fez saber que apoia as revoluções no mundo árabe.

Washington oferece um prémio de 25 milhões de dólares pela captura de Zawari.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E.coli - Estirpe detectada em França é diferente da que originou epidemia na Alemanha

Lille, França, 16 jun (Lusa) -- As autoridades de saúde de França afirmaram hoje terem "a certeza" de que a bactéria E.coli que levou à hospitalização de sete crianças no país "não é a mesma estirpe" que originou uma epidemia na Alemanha.

"Temos a certeza de que não é a mesma estirpe encontrada em rebentos de legumes na Alemanha", declarou numa conferência de imprensa em Lille (norte) Daniel Lenoir, diretor-geral da Agência Regional de Saúde.

Sete crianças foram hospitalizadas na quarta-feira em Lille vítimas de uma intoxicação grave provocada por um tipo raro da bactéria E.coli.

 
Hambúrgueres que terão motivado hospitalização de crianças em França não são vendidos em Portugal

A cadeia de supermercados alemã Lidl assegurou hoje que não tem à venda em Portugal hambúrgueres congelados da marca Steaks Country, cujo consumo terá levado à hospitalização de seis crianças em França.

“O Lidl Portugal não tem à venda hambúrgueres congelados da marca Steaks Country, nem comercializa nenhum produto dessa marca”, refere um comunicado enviado hoje à agência Lusa pela cadeia de supermercados.

Seis crianças foram hoje hospitalizadas em Lille, no norte de França, depois de terem comido hambúrgueres congelados, devido a um infeção alimentar associada a um tipo raro de bactéria E.coli.

As autoridades precisaram que o caso não tem qualquer ligação com a epidemia na Alemanha.

As crianças estão hospitalizadas desde quarta-feira, depois de terem sido vítimas de “diarreias hemorrágicas graves” aparentemente associadas ao consumo de hambúrgueres congelados da marca Steaks Country vendidos na cadeia alemã Lidl.

@Lusa

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Preço de um resgate


ONU: Repressão na Síria já fez mais de 1.100 mortos

O número de mortos pela repressão dos protestos na Síria já ultrapassou os 1.100, enquanto os detidos são mais de 10 mil, incluindo mulheres e crianças, denunciou hoje a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos.

«Recebemos vários relatórios denunciando o excessivo uso da força por parte das forças sírias contra os civis, a maioria deles manifestantes pacíficos», assinala um relatório apresentado hoje ao Conselho de Direitos Humanos.

O documento afirma que «civis desarmados» foram alvo «de franco-atiradores localizados nos telhados de edifícios públicos e de tanques destacados em zonas densamente povoadas».
O organismo da ONU, no entanto, assinalou que os respectivos colaboradores não puderam entrar na Síria, o que dificultou a tarefa de apurar informações de forma directa.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Casos de bebês maltratados ganham repercussão em todo o Brasil

Os pais já não saem de casa tranquilos. Muitas vezes as crianças ficam em mãos que maltratam e na volta para casa, as imagens mostram flagrantes do perigo. Nesta semana, a babá Neusa Berenguel, de 58 anos, foi presa no interior de São Paulo por agredir um bebê de apenas sete meses. Apesar do flagrante mostrado nas imagens, a mulher nega ter agredido a criança. Veja outros casos de maltratos a menores e as orientações de profissionais responsáveis pela contratação de babás.

Mulher anda nua em avenida movimentada de São Paulo

Um cinegrafista amador flagrou a cena perto do zoológico, na zona sul da capital paulista. A mulher sem roupa anda tranquilamente entre os carros, mas foi levada para a delegacia.

Erupção de vulcão chileno volta a atrapalhar voos na América do Sul

Entre sábado (11) e domingo (12), aumentaram as erupções do vulcão Puyehue. Foram dez em apenas 15 minutos, e era possível ver a fumaça de longe. Além de atrasar voos, a fumaça transforma a paisagem. Veja na reportagem de Rosana Cardin.

Acompanhe o drama dos bombeiros no Rio de Janeiro

No Repórter Record deste domingo (12), acompanhe a rotina de trabalho e o drama dos bombeiros do Rio de Janeiro. Entenda por que a situação desses profissionais tornou-se insustentável no Estado a ponto de gerar tantas manifestações, protestos e a detenção de mais de 430 bombeiros por uma semana no quartel de Charitas em Niterói (RJ).

Polícia prende pedófilo de 66 anos em motel no Rio de Janeiro

O idoso foi preso com uma adolescente de 13 anos num motel em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Na delegacia, a menina disse que era ameaçada pelo homem.

Europa regista 36 mortes com mais uma vítima de E- coli na Alemanha

Uma analista tenta isolar a bactéria de uma amostra
Do total, 35 mortes foram registadas na Alemanha, onde 3.228 pessoas adoeceram devido à bactéria ou graves complicações renais a ela associadas, e uma na Suécia.

De acordo com o RKI -- que não forneceu mais informações sobre a mais recente vítima mortal - desde há vários dias o número de novos casos está a recuar.

No sábado, as autoridades confirmaram que rebentos de soja de uma quinta de agricultura biológica em Bienenbttel, no norte do país, estavam contaminados.

Até novas indicações, as autoridades desaconselham o consumo de rebentos comprados ou cultivados em casa. Inicialmente tinha sido lançado um aviso sobre a provável origem em pepinos provenientes da Espanha, que nunca chegou a ser confirmado, e a procura e consumo de outros legumes crus como o tomate e as alfaces entrou em queda nos países da Europa.

Na Alemanha, estima-se que, por precaução, tenham sido destruídas 5.900 toneladas de pepinos, 3.500 toneladas de tomates e a produção de cerca de 1.300 hectares de alfaces.

Os 27 Estados membros da União europeia discutem, entretanto, esta terça-feira, as indemnizações aos produtores. O Comissário Europeu da Agricultura aumentou a proposta incial de ajuda de 150 para os 210 milhões.

Portugal já fez saber que vai votar a favor deste plano, apesar de considerar insuficiente.

Bactéria E.coli encontrada em alfaces

Os especialistas consideram improvável que haja uma relação entre a descoberta feita hoje na Baviera e a epidemia de E.Coli que já matou 36 pessoas na Europa.

As autoridades sanitárias alemãs descobriram a bactéria E.coli em folhas de alface, num produtor hortícola de Fürth, na Baviera, quatro dias depois de ter sido levantado o alerta contra o consumo deste legume, foi hoje anunciado.

A direcção-geral de saúde local está a examinar as vias de distribuição dos produtos da referida empresa, e mandou retirar a alface em questão do mercado.

No entanto, os especialistas consideram improvável que haja uma relação entre a descoberta em Fürth e o surto infeccioso de E.Coli no norte da Alemanha, que já contaminou mais de 3.200 pessoas e causou 35 mortes.

Nos últimos dias, porém, o número de contágios tem diminuído, voltou hoje a sublinhar o Instituto Robert Koch (RKI), de Berlim, que funciona como agência federal de combate a doenças.

Na sexta-feira, o RKI anunciou, após intensas pesquisas, que o referido surto de uma perigosa estirpe da bactéria E.coli teve origem em rebentos vegetais produzidos numa exploração agrícola de Bienenbuettel, na Baixa Saxónia.

No mesmo dia, as autoridades sanitárias germânicas levantaram as recomendações contra o consumo de pepino, tomate e alface crus, que estavam em vigor desde 25 de Maio.

Quanto à bactéria surgida agora em Fürth, as análises para apurar se é estirpe da que provoca a perigosa Síndrome Hemolítica Urémica (HUS), causadora de sérios danos nos rins e no cérebro e responsável pela maioria das mortes -, só estarão concluídas na próxima semana, revelou a direcção geral de saúde bávara.

Um porta-voz do ministério federal da agricultura e defesa do consumidor disse hoje, em Berlim, que até agora foram feitos em todo o país quase nove mil testes laboratoriais a diversos tipos de alimentos, sobretudo pepinos, tomates, alfaces e rebentos vegetais.

Devido à dimensão das análises, já era de esperar que fossem encontradas outros genes da bactéria E.coli que não estão relacionados com a onda de contaminações, adiantou a mesma fonte.

Surto de Sarampo na Europa leva OMS a lançar alerta

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2011 há mais de 6,5 mil casos confirmados de sarampo em 30 países da Europa. França é o país com o maior surto, tendo 4,9 mil casos notificados entre Janeiro e Março deste ano, número semelhante aos registados em 2010 naquele país.

Outros surtos importantes acontecem em Espanha (Andaluzia), Suíça, Bélgica, países da Europa Oriental, Turquia, além de países de outros continentes, como Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.

A vacina é a prevenção mais eficaz. No calendário nacional de vacinação, a primeira dose deve ser administrada a todas as crianças de um ano de idade e uma segunda dose às crianças entre quatro e seis anos. A tríplice viral também é recomendada às pessoas que viajam para o exterior, profissionais que actuam no sector de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, estudantes e outros que mantenham contacto com viajantes internacionais, além dos profissionais da saúde e da educação.

Quando utilizada até 72 horas após o contacto com caso confirmado ou suspeito, a vacinação é eficaz. Vale ressaltar que a vacina contém um vírus vivo atenuado e, portanto, deve ser usada com indicação médica. Diversos viajantes devem fazer uma dose de reforço antes de partir para o seu destino. Deve-se também respeitar as seguintes contra-indicações: reacção grave à vacina em outras situações, alergia à vacina, gestantes e pessoas com imunossupressão (por exemplo, sida ou uso de corticóides).

Um viajante que não apresentou a doença, não foi vacinado e venha a ficar doente começará com febre alta cerca de dez a doze dias após a exposição. Essa febre durará uma semana e será acompanhada de um quadro semelhante ao de uma gripe forte nos primeiros dias. O sintoma será seguido de olhos avermelhados, manchas esbranquiçadas no interior da boca e, finalmente, vermelhidão por todo o corpo (rash). O rash dura de cinco a sete dias e desaparece lentamente. O quadro pode ser complicado com cegueira, infecção cerebral, diarreia, infecção do ouvido e pneumonia. Vale alertar que não existe nenhum tratamento específico contra o vírus do sarampo.

domingo, 12 de junho de 2011

Broto de feijão é origem da bactéria E.coli

A infecção pela bactéria E.coli matou 31 pessoas em nove países europeus. A suspeita sobre vegetais importados da Espanha causou prejuízos de R$ 500 milhões somente aos produtores espanhóis.

Policiais ocupam comunidade em guerra na zona oeste do Rio

A Vila Kennedy está sendo palco de uma guerra do tráfico que vem apavorando os moradores da região. No último tiroteio, duas mulheres foram baleadas. A polícia decidiu ocupar por tempo indeterminado a comunidade.

Bope passa a noite na comunidade da Coreia, na zona oeste do Rio

Cerca de 30 policiais passaram a noite na comunidade da Coreia, onde houve tiroteio com bandidos. O local também está sendo visado por traficantes em guerra na zona oeste da cidade.

Morre líder da Al Qaeda Fazul Mohammed

Fazul Mohammed estava na Somália e era um dos homens mais procurados do FBI. Acusado de atentados na década de 90, ele morreu durante tiroteio.


Hillary Clinton saúda morte de elemento da Al-Qaeda


A chefe da diplomacia norte-americana, Hillary Clinton, diz que a morte do suspeito de arquitectar atentados contra embaixadas americanas no Quénia e Tanzânia em 1998 foi "um golpe significativo" para a Al-Qaeda.

O comandante das forças armadas da Somália, Abdikarin Yusuf Dhegabadan, confirmou a morte de Abdullah Mohammed numa troca de tiros na semana passada com a polícia na capital do país, Mogadíscio, e que o seu corpo foi entregue aos serviços secretos americanos na passada quarta-feira.

A morte do suposto militante da organização terrorista "é um golpe significativo para a Al-Qaeda, os seus aliados extremistas e as suas operações no norte de África", afirmou Clinton em Dar es Salaam, na Tanzânia, citada num comunicado do Departamento de Estado norte-americano.
"É um final justo para um terrorista que provocou tanta morte e dor a muitos inocentes em Nairobi e Dar es Salaam", referiu Hillary Clinton, que está numa visita a vários países africanos.

Fazul Abdullah Mohammed, de 38 anos, esteve durante quase 13 anos na lista dos mais procurados do FBI e as autoridades ofereciam uma recompensa de cinco milhões de dólares - cerca de 3,5 milhões de euros. O homem era procurado pelos atentados contra as embaixadas americanas no Quénia e na Tanzânia em 1998, que provocaram um total de 224 mortos, a maioria dos quais quenianos, embora alguns americanos também tenham morrido.