quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Assista às imagens que marcaram a semana de guerra no Rio de Janeiro

Ônibus queimados e tiroteios pelas ruas do Rio de Janeiro vão ficar na memória dos cariocas que estiveram no meio do confronto entre a polícia e bandidos. A Secretária de Segurança afirma que a polícia chegou para ficar.


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Os repórteres da Record acompanharam durante toda a semana a guerra entre traficantes e policiais no Rio de Janeiro. Assista à cobertura completa.

Wikileaks



Governo dos EUA pediu a Portugal passagem de voos da CIA

Um telegrama da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, revelado hoje pelo 'site' Wikileaks, admite que o Governo norte-americano pediu a Portugal que voos da CIA com suspeitos de terrorismo passassem por território nacional.

Um telegrama da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, revelado hoje pelo 'site' Wikileaks, admite que o Governo norte-americano pediu a Portugal que voos da CIA com suspeitos de terrorismo passassem por território nacional.

Esse pedido viu-se «complicado» pela pressão da oposição e do Parlamento Europeu sobre o Governo português, lê-se no telegrama, que recorda a ameaça do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, se demitir se as suspeitas relacionadas com a passagem de voos ilegais da CIA por Portugal viessem a ser provadas.

««pesar da investigação do Governo ter refutado estas alegações, a saga continua devido à pressão continuada da oposição e do Parlamento Europeu. Esta pressão complica o pedido dos Estados Unidos para repatriar detidos de Guantánamo através de Portugal», lê-se no telegrama.

O telegrama, o primeiro revelado pelo Wikileaks de um lote de 722 com origem na embaixada em Lisboa - que por sua vez faz parte dos 250 mil telegramas diplomáticos norte-americanos que o site começou esta semana a revelar - é datado de 20 de Outubro de 2006 e classificado como «secreto».

O texto analisa a polémica em Portugal em torno aos voos da CIA e a ameaça de demissão de Luís Amado.

Classificado pelo responsável da área política da embaixada, Troy Fitrell, o documento analisa a promessa de Amado se demitir «se a oposição conseguir demonstrar qualquer cumplicidade da parte do Governo relativamente aos alegados voos ilegais da CIA por território português».

O telegrama tem como título: «Ministro dos Negócios Estrangeiros português disponível para se demitir se as alegações dos voos da CIA provarem ser verdade».

Na análise, o responsável da embaixada considera que é «vantajoso» para os Estados Unidos «continuar a acariciá-lo muito» [a Luís Amado] devido ao «delicado equilíbrio» que o ministro está a tentar fazer.

Segundo o texto, o chefe da diplomacia portuguesa, «normalmente imperturbável, perdeu a calma» no parlamento a 18 de Outubro, algo «completamente fora de carácter e que demonstra os efeitos dos ataques políticos e da media sem cessar».

«Apesar deste desabafo, acreditamos que Amado continuará a reiterar o que a investigação revelou - o Governo não tem provas de voos ilegais da CIA em/através de território português», lê-se no telegrama.

«No entanto, sublinha-se o delicado equilíbrio que Amado está a realizar procurando minimizar danos ao seu Governo - por mais injustificados que sejam - devido à investigação Rendition da CIA, ao tentar convencê-lo a conceder o nosso pedido para repatriar prisioneiros de Guantánamo através das Lajes», continua.

«Agora, teríamos vantagem em acariciá-lo muito», conclui o telegrama, assinado por «Hoffman».

O telegrama detalha a pressão do Bloco de Esquerda e diz que as declarações de Luís Amado «reflectem as do seu antecessor», Diogo Freitas do Amaral, em Dezembro de 2005.

Segundo o telegrama, o testemunho de Amado «reflecte a pressão contínua política e dos media relativamente a este assunto» e «tornam os esforços de assistência do Governo de Portugal (GOP) à repatriação de detidos de Guantánamo ainda mais difíceis».

«É crítico que os leitores em Washington reconheçam a necessidade do GOP garantir que tem uma base legal sólida relativamente ao nosso pedido sobre os detidos», lê-se no telegrama.

O texto refere que a interpretação legal feita pelo Governo português é de que são necessárias «garantias escritas do país de destino final de que os detidos não serão torturados ou sujeitos à pena de morte».

Portugal pretendia ainda que «os Estados Unidos garantissem que seriam tratados de acordo com convenções reconhecidas internacionalmente no país de destino».

«Sem estas garantias, o GOP terá dificuldade em apoiar os voos de repatriação através do território ou espaço aéreo português. Aguardamos ansiosamente a resposta dos destinatários em Washington aos pontos portugueses referidos», lê-se ainda.

O telegrama destaca que Lisboa esperava que o assunto fosse abordado na reunião de 24 de Outubro entre Luís Amado e a então secretária de Estado norte-americana, Condoleeza Rice, em Washington.

Lusa/SOL

Informação revelada pela Wikileaks entala os EUA

O site Wikileaks, que já divulgara documentos classificados pelo Governo dos EUA sobre as operações militares no Afeganistão e no Iraque, libertou cerca de 250 mil novos documentos que "constituem a maior fuga de informação secreta de toda a história".

Ignorando os avisos de Washington, mas, precavendo-se contra a reacção da Casa Branca e do Pentágono, que poderiam neutralizar o acesso ao site - que ontem, domingo, esteve incessível -, a Wikileaks libertou a informação a alguns jornais de referência e línguas várias: El País (espanhol), Le Monde (francês), The Guardian e New York Times (língua inglesa) e Der Spiegel (alemã).

A Casa Branca condenou "veementemente" a divulgação "irresponsável e perigosa", alegando que "tais revelações colocam em risco diplomatas, os serviços secretos e as pessoas que apelam aos EUA para que promova a democracia e um Governo transparente".

Segundo o El País, "o alcance destas revelações é de tal calibre que, seguramente, se poderá falar de um antes e um depois, no que diz respeito aos hábitos diplomáticos".

Na lista dos 15 mil documentos a que o El País teve acesso, de um total de 250 mil, há "comentários e relatórios elaborados por funcionários norte-americanos, com uma linguagem muito franca, sobre personalidades de todo o mundo".

Destaca-se, por exemplo, a suspeita norte-americana de que a política russa está nas mãos de Vladimir Putin, "que é considerado um político de perfil autoritário, cujo estilo pessoal machista lhe permite relacionar-se perfeitamente com Silvio Berlusconi".

Do primeiro-ministro italiano, revelam-se pormenores das suas "festas selvagens" e manifesta-se "a desconfiança profunda que desperta em Washington".

A diplomacia norte-americana demonstra também "pouco apreço" pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, cujos movimentos para criar obstáculos à política externa dos Estados Unidos são "meticulosamente seguidos".

Os documentos "oferecem uma perspectiva inédita das negociações de bastidores tais como as praticam as embaixadas em todo o mundo", observa o New York Times.

O diário britânico The Guardian indica, por exemplo, que o rei Abdallah da Arábia Saudita instou os Estados Unidos a atacarem o Irão para pôr fim ao programa nuclear iraniano.

No conjunto dos mais de 250 mil telegramas do departamento de Estado dos Estados Unidos que abrangem um período até Fevereiro de 2010 e que incidem, na maioria, sobre os últimos dois anos, há ainda referências à Chanceler alemã, Angela Merkel, considerada "pouco criativa".

O secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, os seus assistentes e equipas, as agências da ONU, suas embaixadas e as organizações não governamentais ficaram, assim, sob a permanente espionagem dos diplomatas norte-americanos.

O correio diplomático divulgado pela Wikileaks reproduz os rumores sobre a suposta corrupção do primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan.

Num despacho datado de Maio de 2009, a embaixadora norte-americana Anne W. Patterson afirma que as autoridades paquistanesas recusaram uma visita de especialistas dos EUA às instalações nucleares no Paquistão.

Os documentos revelam, ainda, a forma curiosa como os diplomatas norte-americanos vêem alguns dos líderes mundiais. Da "pele fina" de Sarkozy aos "aspecto flácido" de Kim Jong-II.

* Com Lusa

WIKILEAKS

The Gardian

Wikileaks revela 722 telegramas da embaixada dos EUA em Lisboa

O lote de 250 mil documentos do Departamento de Estado norte-americano revelados pelo site Wikileaks a vários jornais incluem 722 que têm como origem a embaixada dos Estados Unidos em Lisboa.

O conteúdo dos 722 documentos ainda não é conhecido já que os jornais que tiveram acesso ao pacote de documentos do Wikileaks - El Pais, The Guardian, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel - apenas publicaram conteúdos parciais de alguns dos 250 mil documentos.

Todos os jornais optaram apenas por publicar documentos usadas na cobertura de cada um dos temas que editorialmente escolheram e, em alguns casos, chegam a censurar parte dos textos para proteger fontes.

Apesar disso, os programadores do The Guardian catalogaram por data, origem e destinatário dos documentos o que permite confirmar, de acordo com uma segunda análise realizada pela Agência Lusa, que existem 722 produzidos pela embaixada dos Estados Unidos em Lisboa.

O documento mais antigo com origem na embaixada em Lisboa tem data de 24 de Maio de 2006 e o mais recente data de 25 de Fevereiro deste ano.

Incluem-se 29 documentos deste ano, 202 do ano de 2009, 184 de 2008, 202 de 2007 e 105 de 2006.

Entre as cerca de 250 fontes dos documentos distribuídos pelo Wikileaks - embaixadas, consulados e representações juntos de instituições internacionais - a embaixada de Lisboa é a 115.ª que produz mais documentos, ligeiramente menos que a embaixada no Vaticano e ligeiramente mais que a missão diplomática em Lilongwe (Malaui).

Desconhece-se quantos destes documentos estão directamente relacionados com Portugal ou se há qualquer outra referência a Portugal entre os 250 mil documentos divulgados pelo Wikileaks.

Ainda assim e segundo a análise feita pelo The Guardian - através de um motor de busca dos principais termos usados nos documentos - há nos documentos 463 referências com a palavra "Portugal", 59 com a expressão "Portugal's" (de Portugal) e 156 com a palavra "portuguese" (português).

A palavra "Lisbon" (Lisboa) aparece referenciada 92 vezes.

EUA financiaram partido terrorista na Turquia - WikiLeaks

A WikiLeaks volta a dar que falar com a revelação de documentos secretos. Desta vez, trata-se de mais de dois milhões de documentos que vão ser publicados neste fim-de-semana. Entre eles estão provas de que os Estados Unidos têm financiado o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo terrorista.

Os documentos contêm contactos entre o Departamento de Estado com as embaixadas dos EUA em todo o mundo dos últimos cinco anos.

Outro documento do site WikiLeaks prova também que a Turquia de ajudou indirectamente a à Al-Qaeda, ao facilitar no controlo de fronteiras com o Iraque.

Embaraçosas para os EUA, as revelações foram consideradas «extremamente perigosas», pelo chefe de Estado-maior das Forças Armadas norte-americano, o almirante Michael Mullen.

Este site «continua ser extremamente perigoso», nomeadamente para a segurança dos soldados norte-americanos, afirmou o almirante Mullen numa entrevista à CNN.

O site especializado na divulgação de documentos confidenciais prometeu publicar, dentro em breve, sete vezes mais documentos confidenciais do que os 400 mil recentemente publicados sobre a guerra no Iraque.

SOL com agências
 
Link WIKILEAKS