sábado, 23 de abril de 2011

Forças Especiais - Comandos Portugueses

MAMA SUMAE - Audaces Fortuna Juvat
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História


O termo nasceu a partir da designação de Kommando que os Boers da África do Sul davam às suas tropas de operações especiais na Guerra contra os britânicos no princípio do séc. XX. A palavra boer Kommando por sua vez terá tido origem no termo Português Comando, no sentido de grupo de tropas sob um comando comum. Essas tropas actuavam em pequenos destacamentos, que se deslocavam normalmente a cavalo, e lançavam ataques rápidos contra as tropas britânicas.
Durante a 2ª Guerra Mundial tanto os britânicos como os alemães decidiram reutilizar este termo para designar as novas tropas de operações especiais que tinham formado (as britânicas designadas Commandos e as alemãs Kommandos). Posteriormente o termo foi utilizado por outros países para designar algumas das suas forças de elite.


Os COMANDOS são uma unidade de forças especiais do Exército Português.O seu lema é "Audaces Fortuna Juvat"(A Sorte Protege os Audazes) e o seu grito de guerra é "MAMA SUMAE"(que pode ser traduzido como "Estamos Aqui, prontos para o sacrificio"- foi tomado da Tribo Bantu da África do Sul). Foram criados como uma Força Especial de Contra-Guerrilha, respondendo á necessidade do exército de ter unidades especializadas adaptadas para esse tipo de guerra que , em 1961 começou em Angola e mais tarde na Guiné Portuguesa(actualmente Guiné-Bissau) e Moçambique.

REGIMENTO DE COMANDOS NA AMADORA (1991)

Estas unidades tem capacidade para:

conduzir acções especiais no território português ou no estrangeiro lutar como infantaria de assalto / tropas de choque providenciar altos comandos políticos e militares com capacidade para executarem operações especiais.



O primeiro objectivo do exército foi criar uma força especial para preparada para operações de contra-guerrilha, mas os Comandos Portugueses também participam em outras operações, com unidades especiais organizadas para cada operação, e em misões de assalto, com características de guerra convencional, especialmente nos últimos anos de guerra colonial , quando operaram como um batalhão, apoiado pela artilharia e força aérea.


A história dos Comandos Portugueses começou em 25 de Junho de 1962, quando, em Zemba(Norte de Angola), os primeiros 6 grupos predecessores dos Comandos, foram formados. Para a preparação desses grupos foi criado o CI 21 – Centro de Instrução de Contraguerrilha comandado pelo Tenente Coronel Nave, e teve como instructor, o fotógrafo e ex-Sargento da Legião Estrangeira Francesa, o italiano Dante Vachi, com experiência nas guerras da Indochina e da Argélia.
Os seis grupos preparados neste centro conseguiram execelentes resultados operacionais. O Comando Militar em Angola decidiram evoluír essa instrução e a integração dessas unidades na orgânica do exército, e em 1963 e 64, CI 16 e CI 25 foram criadosm em Quibala(Angola). Pela primeira vez, o termo "Comandos" foi aplicado ás tropas instruídas nesses centros.
Em 13 de Fevereiro de 1964, o primeiro curso de Comandos em Moçambique foi iniciado em Namaacha(Lourenço Marques, actual Maputo) e em 23 de Julho desse mesmo ano, em Brá(Guiné-Bissau), o primeiro Curso de Comandos da Guiné.

Instrução



Em Portugal, os Comandos nasceram na guerra e para fazer a guerra. A instrução tinha o objectivo de preparação tinha duas caraterísticas - a prática e realismo - baseafo em dois aspectos: o comabate técnico e preparação psicológica. Tudo isto tendo uma fundação de selecção física e psicológica com altos valores.

A preparação psicológica para a guerra é talvez o aspecto que mais distingue os Comandos. O seu objectivo é transformar um homem num soldado auto-disciplinado, competente e efectivo em combate, preparado para lutar em qualquer situações e condições. A componente psicológica é provávelmente a mais importante da instrução, assumindo que ela é a sua arma principal.

Para o perfeito domínio do desejo sobre todos os outros instintos, a instrução de um Comando exige testar os limites da resistência do recruta, aspirando fazer de cada um o mestre do seu próprio desejo.

Organização


Numa primeira fase, os Comandos estavam organizados em grupos independentes compostos de voluntários vindos dos batalhões de infantaria, que formavam as unidades de intervenção. O sucesso desses grupos significou que rápidamente começaram a estar sob as ordens do Comandante-em-Chefe e Comandos Militares para conduzir Operações Especiais. Organização dos Grupos(exemplo):

uma equipa de comando(um oficial, um batedor, um médico, dois soldados)
três equipas de manobras(um Oficial não-comissionado, quatro soldados)
uma equipa de apoio(um Oficial não-comissionado, um soldado com RPG, e um soldado de munições, dois soldados)

Esta organização de um grupo de cinco equipas e cada equipa com cinco homens sofreu adaptações, mas a célula-base, a equipa de cinco homens, permaneceu durante a guerra.

A evolução da guerra revelou a necessidade de ter mais soldados Comandos e unidades independentes, capazes de operar durante longos períodos de tempo auto-sustentados: razões que levaram á criação de Companhias de Comandos. A primeira companhia foi formada em Andola e a sua instrução começou em Setembro de 1964. O seu Comandante, Capitão Albuquerque Gonçalves, recebeu o estandarte da unidade em 5 de Fevereiro de 1965.


A segunda companhia tinha como destino Moçambique, comandada pelo Capitão Jaime Neves.


A organização e princípios dos Comandos Portugueses, inspirados pela Legião Estrangeira Francesa e nos Pára-Comandos belgas, tinham adquirido uma grande mobilidade e creatividade e técnicas de combate em Contra-Guerrilha, muito bem definidas e apoiada em permanente inovação.

A composição e organização das Companhias de Comandos estavam sempre adapatadas ás circunstâncias e situações, embora durante a guerra fosse possível verificar dois modelos, as companhias mais pequenas e grande companhias. As ex eram compostas por quatro grupos de comandos, cada um com quatro sub-grupos, constituído por 80 homens e com pequenos componentes de backup.

Essas companhias tinham uma pequena capacidade para se manterem independentes durante longo períodos de tempo, funcionavam como undidades temporárias de reforço num pequeno quadrado, tal e qual como as forças de intervenção, recebendo dessas unidades o apoio necessário. Nessas companhias, a mobilidade e flexibilidade eram um previgélio, e foram inicialmente usadas na Guiné e Moçambique.


As grandes companhias tinham cinco, grupos de equipas de comando, num total de 125 homens, conjuntamente com o pessoal de serviço, cerca de 80 homens, com médicos, batedores, transporte e cozinheiras. Outro tipo de oraganização foi adaptada as companhias de Comandos Africanos, formados na Guiné e composta por soldados metropolitanos quando necessários, um pouco parecido com o que as Forças Especiais Americanas tinham feito no Vietnam com os " conselheiros".

A evolução da guerra, e a necessidade que começou a existir no combate, as grandes unidades na Guiné e Moçambique algumas vezes simultâneamente em acções especiais e regulares, levaram á criação de batalhões de comandos nesses dois teatros.

Esta funcção de Unidade-Mãe foi, em Angola e desde a sua fundação, realizada pelo Centro de Instrução de Comandos, que também precisou de se adaptar, separando a instrução e juntando as unidades operacionais na base do Campo Militar de Grafanil, perto de Luanda, embora nunca fosse completamente independente sob um comando esprcífico. Como grandes unidades de comando o Centro de Instrução de Comandos, em Angola , na Guiné o Batalhão de Comandos e Batalhão de Comandos de Moçambique foram formados.

Embora o Centro de Comandos de Angola fosse a casa no centro da doutrina "Mãe" e da mística dos Comandos, todos os batalhões tiveram aí instrução e aí foram formadas as unidades para intervir no teatro de operações. Além do Centro de Instrução Comando de Angola, que preparou as unidades para Angola e Moçambique e os primeiros Comandos da Guiné, também em Portugal foi criado um centro em CIOE - Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego, que dava instrução ás unidades mobilizadas para a Guiné e Moçambique.
Na sua história, os Comandos foram formados em Zemba(Angola) após 25 de Junho de 1962, em Quibala(Angola) e desde 30 de Junho de 1963, en Namaacha(Moçambique) desde 13 de Fevereiro de 1964, em Brá(Guiné) desde 23 de Julho de 1964, em Luanda(Angola) após 29 de Junho de 1965, em Lamego(Portugal) desde 12 de Abril de 1966 e em Montepuez(Moçambique após 1 de Outubro de 1969.
Após a Guerra Colonial, Portugal deu a independência a todas as suas colónias e todos os Comandos começaram a receber instrução na Amadora(Portugal desde 1 de Julho de 1974. O CIOE permanece activo até ao dia de hoje, com a tarefa de treinar e instruir os soldados das Operações Especiais; com uma diferente unidade, criada em 1980 e que popularmente é conhecida como Rangers. O CIOE também dá instrução a várias unidades de operações especiais das Forças de Polícia, e em 2006, passou a chamar-se CTOE-Centro de Treino de Operações Especiais.


Estatísticas

Os soldados Comandos que participaram em operações activas: mais de 9000 homens(510 oficiais, 1587 Oficiais Milícianos e 6977 soldados) que integraram 61 companhias.

Perdas em Combate:

357 MEA (morto em acção)

28 DEC (desaparecido em combate)

771 feridos
Os Comandos constituiram cerca de 1% de todas as forças presentes na Guerra Colonial, mas o número das suas mortes foi cerca de 10% do total das baixas; uma percentagem 10 vezes maior do que as outras forças regulares. Os Comandos também eliminavam mais guerrilha e capturavam mais armas do que as outras forças. Essas características fizeram com que fossem os únicos a conseguir uma aura mística que permaneceu mesmo após o fim da guerra.
Após a guerra, os Comandos continuaram a aperfeiçoar os seus conhecimentos até 1993 quando foram extintos. Esta decisão foi influenciada pelo número de mortos durante a instrução. Os soldados Comandos foram agrupados com os Pára-Quedistas e daí foram transfreridos da Força Aérea para o Exército. Mas em 2002, os Comandos foram reactivados como uma Unidade Independente com a criação do Batalhão de Comandos. Estão agora baseados no Centro de tropas Comandos em Mafra(Carregueira). Foram enviados efectivos para o Afeganistão em 2005, onde um Sargento foi morto por uma bomba colocada numa rua onde fazia patrulha; foi o primeiro COMANDO morto em acção desde o final da Guerra Colonial Portuguesa


Afegãos assistem á retirada do veículo victima da explosão em Kabul que victimou um Comando português, Afeganistão 18 de Novembro de 2005
ISAFComandos Portugueses em patrulha em veículos através das ruas de Kabul(Afeganistão)


 
Selecção

1. Deve ser um cidadão português

2. Deve ter 18 anos

3. Passar nos exames físicos e psicológicos
Os testes físicos são faceis de completar, o que permite aos Comandos terem um grande número de recrutas; o que é útil por causa do número de desistências durante a instrução. Após passarem todos os testes, os recrutas iniciam a instrução.

A maioria da instrução ou a sua natureza é desconhecida pelos recrutas. O que significa que eles devem constatemente estar prontos, para a mais pequena indicação, apresentarem-se na parada ou onde lhes fôr ordenado, e seguirem o que os instructores dizem. Podem interromper a instrução por mais de um dia, ou podem ter que fazer as suas actividades diurnas durante a noite.

O imprevisto e a surpresa são as fundamentais caraterísticas da instrução. Cada recruta deve também ter um auto-controlo: devem dominar as reacções. Todas as exigências na instrulão não são obrigatórias: cada recruta tem o direito de fazer o que lhe é ordenado. Óbviamente, isso significa o fim do seu curso.

Quando um recruta completa com sucesso a instrução é reconhecido como COMANDO e recebe a famosa boina vermelha. A entrega da boina(como outras cerimónias dos Comandos) é inspirada nas velhas Ordens Militares Portuguesas( no Portugal medieval, tinham tarefas de vigilância e espionagem em tempo de paz; primeiro resistência na defensiva e os primeiros a atacar na ofensiva; sendo forças fortes durante o tempo de guerra).

Unidades de Comandos
Seguindo o modelo organizativo do Exército Português, existiam Unidades Territoriais de Comandos (designadas Centro de Instrução, Regimento, Batalhão, etc.) responsáveis por mobilizar, organizar, treinar e manter as Unidades Operacionais, normalmente de escalão Companhia. Os Batalhões de Comandos da Guiné e Moçambique funcionaram tanto como unidades territoriais mobilizadoras, como como unidades operacionais.

Unidades Mobilizadoras

Ao longo da sua existência foram várias as unidades mobilizadoras de Comandos:

1962-1965: Centro de Instrução Nº 21 (Centro de Instrução Especial de Contra-Guerrilha), em Zemba (Angola);

1963-1965: Centros de Instrução Nº 16 e Nº25, em Quibala (Angola);

1965-1974: Centro de Instrução de Comandos de Angola, em Luanda;

1966-1975 e 1996-2002: Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego;

1964-1969: Centro de Instrução de Comandos da Guiné em Bissau;

1969-1974: Batalhão de Comandos da Guiné, em Bissau;

1969-1975: Batalhão de Comandos de Moçambique, em Montepuez;

1974-1975: Batalhão de Comandos Nº11, na Amadora;

1975-1996: Regimento de Comandos, na Amadora;

2002-2006: Regimento de Infantaria Nº 1, na Carregueira;

Desde 2006: Centro de Tropas Comandos, em Mafra.


Unidades Operacionais

Servindo em Angola (1963-1975)


◦ Companhias de Comandos (CCmds): 1ª, 6ª, 8ª, 14ª, 19ª, 20ª, 22ª, 24ª, 25ª, 30ª, 31ª, 33ª, 36ª, 37ª, 2041ª, 2042ª, 2044ª, 2044ª, 2046ª, 2047ª, 4042ª e 112ª/74.

Servindo na Guiné (1964-1974)



◦ Companhia de Comandos da Guiné (CCmdsGuiné);
◦ Batalhão de Comandos da Guiné (BCmdsGuiné);
◦ Companhias de Comandos (CCmds): 3ª, 5ª, 15ª, 16ª, 26ª, 27ª, 35ª, 38ª e 4041ª/73;
◦ Companhias de Comandos Africanos (CCmdsAfricanos): 1ª, 2ª e 3ª.


Servindo em Moçambique (1964-1975)


4040.Cª Comandos - Os Lordes

◦ Batalhão de Comandos de Moçambique (BCmdsMoç);
◦ Companhias de Comandos (CCmds): 2ª, 4ª, 7ª, 9ª, 10ª, 17ª, 18ª, 21ª, 23ª, 28ª, 29ª, 32a ,34ª, 2040ª, 2043ª 2045ª e 4040ª;
◦ Companhias de Comandos de Moçambique (CCmdsMoç): 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª.

Servindo em Portugal (1974-1993):


123ªCªComandos- Amadora
◦ Batalhão de Comandos Nº 11 (BCmds11), incluindo as Companhias de Comandos (CCmds): Nº 111, Nº 112 e Nº 114;
◦ Batalhão de Comandos Nº 12 (BCmds12)'''', incluindo as CCmds: Nº 121, Nº 122, nº 123 (pesada) e mais tarde a nº 124 que subsituiu a nº 131 voltando ser integrada no Bat. 12.Deste Bat. 12 era também a Companhia de Comandos REDES-Raides e destruições.''

A Companhia de Comandos 131 (A Pesada)-surgiu em 1982,depois de o Comandante Coronel CMD Jaime Neves ter sido substituido pelo Coronel CMD Júlio Oliveira,tendo este substituído a nº 123-Batalhão 12-3ª companhia,pela nº 131-Batalhão 13-1ª companhia.Efectivamente o Batalhão 13 não avançou tendo esta companhia mantido a sua independência em relação aos batalhões,sendo a Companhia Independente de armas pesadas.Foi comandada,pelo Capitão CMD Carlos Alberto Garcia Pinto.Mais tarde esta companhia é extinta e criada a nº 124 inserida no Batalhão 12,com as mesmas funções,de armamento pesado e designando-se também "A Pesada"."Mário Relvas-ccmds 123/131"'

Servindo em Portugal (desde 2002)

Carregueira - 2004

◦ Actuais Companhias de Comandos (CCmds): 1ª e 2ª.


Símbolos


Boina Vermelha

O símbolo identificativo das tropas de Comandos do Exército Português mais conhecido é a famosa Boina Vermelha. Pelo uso deste item de fardamento os comandos são algumas vezes chamados de "Boinas Vermelhas". Curiosamente, a boina vermelha não esteve em uso durante a grande maioria da actividade operacional dos Comandos na Guerra do Ultramar, dado que só foi adoptada em 1974. Durante a Guerra do Ultramar, os comandos utilizaram a Boina Castanha padrão do Exército Português.
Lema

O lema dos Comandos é o verso latino da Eneida de Virgílio Audaces Fortuna Juvat, que significa A Sorte Protege os Audazes.

Grito de Guerra

O seu Grito de Guerra, retirado de uma tribo bantu do Sul de Angola que o usava na cerimónia de entrada na vida adulta é: Mama Sumé!, que em Português significa: Aqui Estamos, Prontos para o Sacrifício!.


HINO
Cerimonial


monumento dos comandos AMADORA
Os Comandos têm vários rituais iniciáticos e cerimoniais, inspirados nas antigas Ordens de Cavalaria Portuguesas. Além desses rituais, os Comandos têm uma forma de marchar própria, diferente das restantes unidades do Exército Português.

Forças Especiais - Brigada Aerotransportada Independente (BAI) - Portugal


A Brigada Aerotransportada Independente (BAI) é a grande unidade operacional do Comando de Tropas Aerotransportadas do Exército Português. A grande maioria dos seus mais de 3000 membros são paraquedistas altamente treinados. A elevada preparação dos seus militares e o seu moderno equipamento torna esta Brigada a principal força de intervenção terrestre de Portugal, daí as suas inúmeras operações em países estrangeiros.


De acordo com a nova Lei Orgânica do Exército aprovada em princípios de 2006 a BAI passou a denominar-se Brigada de Reacção Rápida (BRR). Além da alteração de denominação a brigada será reorganizada passando a englobar as forças de Comandos e de Operações Especiais do Exército Português.


Organização

A BAI é constituída por:
• Comando e Estado-Maior;
• 1º Batalhão de Infantaria Paraquedista (1º BIPara) do Regimento de Infantaria Nº 15;
• 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista (2º BIPara) da Área Militar de S. Jacinto;
• 3º Batalhão de Infantaria Paraquedista (3º BIPara) do Regimento de Infantaria Nº 3;
• Grupo de Artilharia de Campanha (GAC/BAI) do Regimento de Artilharia Nº 4;
• Esquadrão de Reconhecimento (ERec/BAI) do Regimento de Cavalaria Nº 3;
• Companhia Anti-Carro (CACar/BAI) da Área Militar de S. Jacinto;
• Bataria de Artilharia Anti-Aérea (BAAA/BAI) do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Nº 1;
• Companhia de Engenharia (CEng/BAI) da Escola Prática de Engenharia;
• Companhia de Transmissões (CTm/BAI) no Aeródromo Militar de Tancos;
• Batalhão de Apoio de Serviços (BApSvc/BAI) do Regimento de Infantaria Nº 15;
• Batalhão Aeroterrestre (BAT) da Escola de Tropas Aerotransportadas .
Cada Batalhão de Infantaria Paraquedista é composto por 1 Companhia de Comando e Serviços, 3 Companhias de Atiradores e 1 Companhia de Apoio de Combate.
Obs.: O Batalhão Aeroterrestre era a única unidade paraquedista do Exército não integrada na BAI, estando directamente dependente do Comando de Tropas Aerotransportadas. Pela nova organização, ficará integrada na BRR. Este batalhão integra as seguintes subunidades:
• Companhia de Percursores Aeroterrestres - força especial de com a missão principal de infiltração aérea e reconhecimento de zonas de lançamento de tropas paraquedistas;
Pathfinder

• Companhia de Abastecimento Aéreo - com a função de preparação e recuperação de cargas aéreas lançadas de paraquedas;
• Companhia de Equipamento Aéreo - com a função de manutenção, preparação e dobragem de paraquedas e equipamentos complementares;
• Centro de Cães de Guerra - subunidade cinotécnica dos paraquedistas.

Equipamento

Armas Ligeiras:

• Espingarda Automática 5,56mm Galil

• Metralhadora Ligeira 7,62mm MG3


• Metralhadora Pesada 12,7mm Browning M2HB
• Lança-Granadas automático LG-40 de 40mm.

Armas Anti-Carro:

• Dispositivo de Lançamento de Mísseis Anti-Carro MILAN;


• Canhão sem Recuo Carl Gustav.


Morteiros:

• Morteiro Médio 81mm


• Morteiro Ligeiro de Longo Alcance 60mm.


Artilharia de Campanha:

• Obus Rebocado 105mm Light Gun.


Artilharia Antiaérea:

• Lançador Portátil de Míssil AA Stinger.


Veículos Blindados:

• Blindado Ligeiro de Rodas Panhard VBL M11


• Blindado de Rodas Comando V150

Forças Especiais

Em acção no Iraque(U.S. Special Forces)
Em muitos países Forças Especiais é o termo genérico para definir equipas/unidades militares altamente treinadas que estão vocacionadas para Operações Especiais tais como Reconhecimento, Guerra não Convencional, e acções de contra-terrorismo. Nos Estados Unidos , o termo refere-se a uma unidade especifica, a United Army Special Forces "Green Berets".

Green Berets
 Seals U.S.Navy

Comandos Portugueses

As Forças Especiais são algumas vezes consideradas uma força multiplicadora, quando treina as forças indígenas para a guerrilha.
Algumas forças de operações especiais, tais as acções de contra-terrorismo, podem ser executadas no estrangeiro sob certas circunstâncias. As unidades de forças especiais são típicamente compostas de pequenos grupos de pessoal altamente treinado, equipados com equimamento e armamento especial, operando sob os príncipios da auto-suficiência, invísivel, rapidez, e trabalho de equipa, muitas vezes transportados de helicóptero, pequenos barcos ou submarinos, saltando de pára-quedas de um avião, ou infiltrando-se por terra.


História das Forças Especiais
Forças Especiais da Alemanha(KSK) em acção.

As Forças Especiais tem jogado um papel importante através da história da guerra, desde missões de sabotagem e atirar e fugir, mais do que o tradicional combate cara-a-cara. Outros papeis importantes como o reconhecimento, com o qual obtém informações bem perto do inimigo para os serviços de informações, e no combate ao terrorismo destruindo as suas infrastruturas e actividades.

Na antiguidade, Hamilcar Barca na Sícilia tinha tropas especializadas e treinadas para lançar várias acções ofensivas por dia.

Mais tarde durante as Guerras das Cruzadas, pequens, e bem treinadas unidades de Cavaleiros Templários atacavam as unidades individuais mulçumanas.

Os exércitos mulçumanos tinham unidades navais especiais, incluíndo uma que usava navios camuflados para abordar os barcos inimigos para capturá-los e destruir, e outra que consistia em soldados que passavam como sendo Cruzados chamados Ninja, eram empregues em guerra de guerrilha, guerra-não-convencional, espionagem e assassinatos.

Durante as Guerras Napoleónicas, unidades de atiradores e sapadores fora das formais linhas de combate, existiam para acções especiais de espionagem ou sabotagem.

Major Frederick Russell Burnham

Para o Exército Britânico, foi durante a Segunda Guerra Boer(1899-1902) que a necessidade de ter unidades mais especializadas se tornou mais aparente. Unidades de batedores tais como os Lovat Scouts, um regimento das Terras Altas da Escócia especializado em tácticas militares. Esta unidade foi formada em 1900 pelo Lord Lovat e no inicio reportava a um americano, Major Frederick Russell Burnham, o Chefe dos Scouts sob ordens de Lord Roberts. Após a guerra, tornaram-se na primeira unidade de snipers do Exército Britânico. Em 1901 a formação dos Carabineiros Bushveldt também foi vista uma manifestação inicial de uma unidade para guerra-não-convencional.


I Primeira Guerra Mundial

Durante a I Guerra Mundial o Coronel Bassi do Exército Italiano formou 27 batalhões "Reparti d'assalto"(Unidades de Assalto) chamadas Arditi. Estavam assignadas a ser tropas de choque táctica, para criar brechas nas defesas inimigas de modo a preparar o caminho para o avanço da infantaria. As Reparti d' Assalto mudaram a lógica de uma guerra que tinha sido até aí de posições em trincheiras. Os Arditi não eram consideradas tropas de infantaria, mas sim vistas e organizadas como uma força de combate á parte, recebendo um extenso treino táctico, equipados com as mais novas armas e novo e distinto uniforme. Podiam ser vistas como as primeiras modernas forças especiais do mundo.



II Guerra Mundial

Durante a Segunda Grande Guerra os Comandos Britânicos foram formados após o apelo de Winston Churchill para formar "Tropas especialmente treinadas da classe caçadores, que sejam capaz de desenvolver um reino de terror na costa inimiga." Os Comandos eram selecionados de grupos de voluntários que existiam no serviço militar regular. Eram enviados para outras unidades especialistas incluindo o Long Range Desert Group, o Special Air Service, Special Boat Service e Small Sacle Raiding Force(Escalada)of Special Operations Executive.



Long Range Desert Group


Alemãs aconteceu em 22 de Março de 1942, a Korps Commandtroepen.
Na Campanha de Birmânia, os Chindits, grupos de longo alcance de penetração eram treinados para operar a partir de bases atrás das linhas japonesas, era composta por Comandos(King's Regiment(Liverpool), Companhia de Comando 142) e os Gurkhas. A sua experiência na selva, jogaram um papel importante em muitas das operações especiais britânicas, nas selvas d Birmânia combatendo os japoneses.

A meio do ano de 1942, os Estados Unidos formaram os Rangers. Os Estados Unidos e Canadá também formaram uma brigada de ski de sabotagem para operações na Noruega que ficou conhecida como Devil Brigade(A Brigada do Diabo) durante o seu desempenho em Itália. Os Merrill Marauders foram modelados a partir dos Chindits e tomaram parte em operações similares na Birmânia. A fundação da Nº2 Tropas Alemãs aconteceu em 22 de Março de 1942, a Korps Commandtroepen.


No final de Novembro de 1943, os Alamo Scouts foram formados para conduzirem um trabalho de reconhecimento e de ataque no teatro de guerra do Pacífico Sul sob o comando pessoal do então Lt.General Walter Krueger, do VI U.S. Army, Krueger formou os Alamo Scouts, constituindo pequenas equipas de voluntários altamente treinados, para operarem profundamente atrás das linhas inimigas para recolha de informações e reconhecimento táctico para preparar as operações de desembarque do 6 Exército Americano.

Alamo Scout uniforme

O Exército Alemão tinha o Regimento Brandenburger, o qual tinha sido originalmente fundado como uma unidade de forças especiais usada pelo Abwehr para inflitrações a longa distância para reconhecimento nas campanhas Fall Weiss e Fall Gelb de 1939 e nas da Campanha Barbarossa de 1940 e 1941. Mais tarde durante a guerra as SS-Jagdverbande, uma unidade das Waffen SS comandadas por Otto Skorzeny, também efectuaram muitas operações especiais.



Em 21 de Outubro de 1944, Adolf Hitler - inspirado pelo episódio americano que pôs três bombardeiros alemães capturados a voar com as cores alemãs para devastar Aachen - chamou Skorzeny a Berlim e assignou-o para liderar uma brigada Panzer. Foi então planeada a Operação Greif, cerca de duas dezenas de soldados alemães, muitos deles fazendo-se transportar em Jeeps americanos capturados e disfarçados de oficiais da Policia Militar Americana, penetraram nas linhas americanas nas primeiras horas da Batalha de Bulge lançando a desordem atrás das linhas dos Aliados, que estavam enviando os seus comboios para a frente de combate. Uma grande parte deles foi capturada pelos americanos e começou a espalhar-se o rumor de que Skorzeny estava a caminho de Paris para matar ou capturar o General Eisenhower. Embora isto não ser verdade, Eisenhower ficou confinado ao seu quartel-general durante semanas e Skorzeny foi intitulado de " o homem mais perigoso da Europa".


Em Itália, a Decima Flottiglia MAS foi responsável pelo afundamento e danificação de muitos dos navios Aliados no Mediterrâneo. Após a divisão de Itália em 1943, que combateu com a Alemanha manteve o nome original com o título de Mariassalto.

A Unidade Especial Z foi uma unidade de Comandos australiana que afundou muitos navios japoneses no Porto de Singapura, na Operação Jaywick.


Na Finlândia, os Kaukopartio eram usados para missões de reconhecimento atrás das linhas sovéticas. Eram usados ocasionalmente para destruir alvos estratégicos.

Final do século XX e Inicio do Século XXI

Durante a segunda metade do Século XX até ao Século XXI, as Forças Especiais ganharam grande predominância, participando a mando dos governos mundiais na resolução de problemas e conseguindo informações importantes para resoluções políticas sobre situações de guerra ou objectivos de interesse nacional. No Kosovo e no Afeganistão, as forças especiais foram usadas para organizar e coordenar as actividades entre as guerrilhas locais e o poder aéreo. Típicamente, os guerrilheiros procuravam atacar os soldados inimigos e os tanques para os colocar em movimento, tornado assim possível o ataque a partir do ar.

A invasão liderada pleos Estados Unidos da América envolveu forças especiais de muitas nações Aliadas, tiraram do poder os Talibans em 2001-2002. As Forças Especiais da coligação tem continuado a combater os Talibans nas várias operações subsequentes. As Forças Especiais envolvidas nessas operações , ocasionalmente trabalham em conjunto, incluíndo as Forças Especias dos Estados unidos, Reino Unido, Austrália, e os Comandos Portugueses entre outras da NATO.

As Forças Especiais tem sido usadas em tempo de guerra e de paz em operações militares tais como a Guerra do Vietnam, Guerra das Falkland/Malvinas, a Guerra na Irlanda do Norte, na I e II Guerra do golfo, Afeganistão, Kosovo, Bósnia, Guerra da Chéchénia, o assalto á Embaixada Iraniana em Londres, Operação Escudo Defensivo, a crise dos reféns no Teatro de Moscovo, a crise de reféns na Embaixada do Japão em Lima no Peru e no Sri Lanka contra os Tigres Tamil.