segunda-feira, 23 de junho de 2008

1524 - Guerra dos Camponeses

Guerra dos Camponeses
A Guerra dos Camponeses (em Alemão, der Deutsche Bauernkrieg) de 1524-26 na Alemanha consistiu, tal como o Movimento Bundschuh precedente e as Guerras Hussíticas, de um conjunto de revoltas com causas económicas bem como religiosas por camponeses, pessoas da cidade e nobres. O movimento não possuiu aparentemente um programa comum.
O conflito, que teve lugar sobretudo em áreas no sul, centro e no oeste da Alemanha mas que também afectou áreas nas vizinhas Suíça e Áustria, envolveu no seu auge, no verão de 1525, cerca de 300.000 camponeses revoltados. Estimativas de então situaram o número de mortes em 100.000.
A guerra foi em parte uma expressão da revolta religiosa conhecida como a Reforma Protestante, na qual críticos dos privilégios e da alegada corrupção da Igreja Católica Romana contestaram a ordem religiosa e política estabelecida.
Mas também reflecte o profundo descontentamento social: o descontentamento com o poder dos nobres locais; o desejo de líderes das cidades pela liberdade do poder eclesiástico (Igreja) e dos líderes da nobreza; tensões dentro das cidades entre as massas e as elites urbanas e rivalidades entre a própria nobreza.
O movimento camponês acabou por ser derrotado uma vez que as cidades e os nobre fizeram a sua própria paz com os exércitos do imperador que restauraram a velha ordem, frequentemente de forma ainda mais dura sobre a soberania do Sacro-Imperador Romano Carlos V, representado nos assuntos alemães pelo seu irmão mais novo Fernando.
O dissidente religioso Martinho Lutero, já condenado como herético pelo Édito de Worms de 1521, e acusado neste tempo de fomentar a disputa, rejeitou as exigências dos insurgentes e sustentou o direito dos líderes alemães de suprimir as revoltas, mas o seu antigo discípulo Thomas Muentzer destacou-se como um agitador radical na Turíngia.
Os "profetas" de Zwickau e a Guerra dos Camponeses
Em 27 de Dezembro de 1521, três "profetas", influenciados por e que influenciaram Thomas Münzer, chegaram a Wittenberg desde Zwickau: Thomas Dreschel, Nicolas Storch e Mark Thomas Stübner. A reforma de Lutero não era suficientemente radical para eles. Tal como a Igreja Católica Romana, Lutero praticava o baptismo de crianças, aquilo o que os Anabaptistas consideravam como "não constar das escrituras nem primitivo, nem satisfazendo à s principais condições de admissão numa irmandade visível de santos, a saber: penitência, fé, iluminação espiritual e a livre submissão do indivíduo a Cristo".
O teólogo reformador e associado de Lutero, Filipe Melanchthon, sem poderes contra os entusiastas com que o seu co-reformador Andreas Karlstadt simpatizava, apelou a Lutero, ainda escondido no Castelo de Wartburg. Lutero foi cauteloso por forma a não condenar desde logo a nova doutrina mas aconselhou Melanchthon a tratá-los bem e testar os seus espíritos.
Houve confusão em Wittenberg, onde escolas e Universidade tomaram o lado dos "profetas" e foram fechadas. Daqui surgiu a acusação comum de que os Anabaptistas era inimigos da aprendizagem, o que é substancialmente refutado pelo facto de que a primeira tradução em alemão dos profetas hebreus ter sido feita e impressa por dois deles, Hetzer e Denck, em 1527. Os primeiros líderes do movimento em Zurique - Conrad Grebel, Felix Manz, George Blaurock, Balthasar Hubmaier - eram pessoas que dominavam o Grego, Latim e Hebreu.
A 6 de Março Lutero regressou, entrevistou os profetas, desdenhou os seus "espíritos", proibiu-lhes a estadia na cidade e ordenou aos seus seguidores que deixassem Zwickau e Erfurt. Acesso negado à s igrejas, estes últimos acabaram por celebrar os sacramentos a partir de casas privadas.
Expulsos de suas cidades, eles vaguearam pelo campo. Obrigado a deixar Zwickau, Müntzer visitou a Boémia, residiu dois anos em Alltstedt na Turíngia e, em 1524, passou algum tempo na Suíça. Durante este período ele proclamou as suas doutrinas revolucionárias na religião e na política com veemência e sucesso crescentes, sobretudo nas classes baixas.
Na sua origem uma revolta contra a opressão feudal, tornou-se debaixo da liderança de Müntzer, numa guerra contra todas as autoridades instituídas, e uma tentativa de estabelecer pela força o seu ideal de irmandade cristã, com a igualdade absoluta e o comunismo dos bens. A derrota total dos insurgentes em Frankenhausen (15 de Maio de 1525), seguida da execução de Müntzer e de vários dos seus líderes, foi apenas uma derrota provisória do movimento Anabaptista. Aqui e acolá na Alemanha, Suíça e na Holanda houve posteriormente vários propagandistas religiosos, cujas doutrinas seriam aceites por muitos, assim que um novo líder surgisse.

1455 - Guerra das Rosas

Guerra das Rosas
As guerras hussitas envolveram as acções militares contra e entre os seguidores de Jan Hus na Boémia do período de 1420 até cerca de 1434.

Origens
O movimento hussita assumiu um carácter revolucionário imediatamente depois de a notícia da morte de Hus (a 6 de Julho de 1415) ter chegado a Praga (Hus foi condenado à morte na fogueira pela igreja católica). Os cavaleiros e nobres da Boémia e da Morávia, descontentes com a Igreja Católica enviaram ao Concílio de Constança um protesto (2 de Setembro de 1415), conhecido como o "protestatio Bohemorum", o qual condenava a execução de Hus numa linguagem clara e forte. A palavras "protesto ou protestante" não possuiam ainda o mesmo significado histórico que se-lhes são modernamente atribuidos. A atitude de Sigismundo, rei dos romanos, que enviou cartas de ameaça aos Boémios declarando que ele trataria de afogar todos os seguidores de John Wyclif e Jan Hus, irritou fortemente a população.

O Conflito Armado
Os hussitas resistiram a uma série de cruzadas lançadas contra a Boêmia e tiveram fôlego suficiente para realizar incursões na direção da Polônia e da Alemanha. Seus principais chefes militares foram Jan Zizka (1360-1424) e Procópio, o Calvo (1380-1434). O fracasso hussita veio por conta de divisões internas, que cindiram o movimento entre taboritas, adamitas e calistinos. Estes últimos, mais moderados e ligados à burguesia, firmaram acordo com Sigismundo e a Igreja Católica.

1385 - Guerra Tokhtamysh-Tamerlão

Guerra Tokhtamysh-Tamerlão
A guerra Tokhtamysh-Tamerlão foi um conflito ocorrido nas décadas de 1380 e 1390 envolvendo Tokhtamysh, khan da Horda de Ouro, e o conquistador turco Tamerlão.

Antecedentes
Tamerlão havia ajudado Tokhtamysh a conseguir assumir o poder na Horda de Ouro. Primeiro derrotando Urus, o então khan da Horda Branca, e depois vencendo Mamai e promovendo a unificação das hordas azul e branca. Em 1382 promoveu uma grande campanha punitiva contra os principados russos, os quais vinham de uma vitória em Kulikovo dois anos antes. A Horda de Ouro, então decadente e o único estado sucessor do Império Mongol ainda existente no momento, passa por um breve ressurgimento. Porém a guerra contra Tamerlão pôs sua obra a perder.

A guerra
Tokhtamysh tinha pretensões territoriais na Pérsia, antigo território do Ilkhanato. Tal área também era visada por Tamerlão. Em 1385 Tokhtamysh fez um reide contra o Azerbaijão. A guerra entre os dois, até então aliados, se tornou inevitável. Entre 1389 e 1391 os dois lados entraram em guerra. Após algumas vitórias iniciais, Tokhtamysh é derrotado, mas em 1393 recupera sua posição, promovendo um novo ataque contra a província de Shirvan, então sob domínio timúrida. Tamerlão responde a ofensiva de Tokhtamysh, reconquistando para si a área. Depois disso promove uma expedição militar contra os territórios da Horda de Ouro, chegando até as proximidades de Moscou. No dia 15 de abril de 1395 ocorre a batalha do rio Terek, da qual Tamerlão vence e como resultado Tokhtamysh é deposto do trono da Horda de Ouro. Depois do regresso de Tamerlão à Pérsia, ele é reinstaurado com khan Kipchak e entre setembro de 1396 a outubro de 1397 promove guerras contra as colônias genovesas da Criméia. Porém em 1398 sua hegemonia é discutida por vários deles, dentre eles Temür Qutlügh, filho de Timur-malik, que o derrota e assume o trono da Horda de Ouro. Então Tokhtamysh pede ajuda ao duque lituano Vytautas, perdendo novamente na batalha do rio Vorskla, já em 1399.

1383 - Revolução de Avis

Revolução de Avis
A Crise de 1383-1385 foi um período de guerra civil e anarquia da História de Portugal, também conhecido como Interregno, uma vez que não existia rei no poder (embora houvesse uma rainha de direito em Beatriz de Portugal). A crise começou com a morte do rei Fernando de Portugal sem herdeiros masculinos e terminou com a ascensão ao trono de João, Grão-Mestre de Aviz em 1385, depois da batalha de Aljubarrota.
Prelúdio
Em 1383, o Rei Fernando de Portugal estava a morrer. Do seu casamento com Leonor Teles de Menezes, apenas uma rapariga, Beatriz de Portugal havia sobrevido à infância. O seu casamento era portanto da mais vital importância ao futuro do reino. As várias facções políticas discutiam entre si possíveis maridos, que incluíam príncipes ingleses e franceses. O casamento de D. Beatriz acabou por ser decidido como parte do tratado de paz de Salvaterra de Magos, que terminou a terceira guerra com Castela, em 1383. Pelas disposições deste tratado, o rei João I de Castela (Juan I, daqui em diante), casar-se-ia com D. Beatriz e o filho varão que nascesse desse casamento herdaria o reino de Portugal, se entretanto D. Fernando I morresse sem herdeiros. O casamento foi celebrado em Maio de 1383, mas não era uma solução aceite pela maioria dos portugueses, uma vez que implicava a união dinástica de Portugal e Castela e consequente perda de independência. Muitas personalidades quer da nobreza, quer da classe de mercadores e comerciantes estavam contra esta opção, mas não se encontravam unidos quanto à escolha alternativa. Dois candidatos emergiram, ambos meios irmãos bastardos do rei moribundo:
- João, filho do Rei Pedro I de Portugal e Inês de Castro, a viver no momento em Castela
- João, Grão-Mestre de Aviz, Outro bastardo de Pedro I (filho de Teresa Lourenço, aia de Inês de Castro), muito popular junto da classe média e aristocracia tradicional.
A 22 de Outubro, Fernando de Portugal morre. De acordo com o contrato de casamento de Beatriz e Juan I de Castela, a regência do reino é entregue a Leonor Teles de Menezes, agora rainha viúva. A partir de então, as hipóteses de resolver o conflito de forma diplomática esgotaram-se e a facção independentista tomou medidas mais drásticas, iniciando a Crise de 1383-1385.
1383-1384
O primeiro acto de hostilidades foi tomado pela facção do Mestre de Aviz em Dezembro de 1383. João de Aviz e um grupo de conspiradores entram em Lisboa e assassinam o Conde de Andeiro, amante e aliado político de Leonor Teles de Menezes, um dos principais orquestradores do casamento de Beatriz com o rei João I de Castela. Com esta iniciativa, João de Aviz torna-se no líder da facção separatista e chama para o seu lado Nuno Álvares Pereira, um líder militar com provas dadas. Juntos tomam as cidades de Lisboa, Beja, Portalegre, Estremoz e Évora. Como resposta, o rei Juan de Castela entra em Portugal e ocupa a estratégica cidade de Santarém, numa tentativa de normalizar a situação e assegurar o trono de sua mulher. A primeira vítima política é Leonor Teles de Menezes, que se provara uma regente pouco enérgica e incapaz de parar as conquistas da facção independentista. Juan I força a sogra a abdicar da regência e exila-a para um convento.
A resistência portuguesa e o exército castelhano encontram-se pela primeira vez a 6 de Abril de 1384, na batalha dos Atoleiros. Nuno Álvares Pereira soma uma mais vitória militar para a facção de Aviz, mas o confronto não é decisivo. Juan I de Castela retira para Lisboa e cerca a capital, com o auxílio da sua marinha que bloqueia o porto da cidade e controla o Tejo. O cerco era uma séria ameaça à causa de João de Aviz, uma vez que sem Lisboa, sem o seu comércio e dinheiro dele afluente, pouco podia ser feito contra Castela. Pelo seu lado, Juan I precisava de Lisboa não por razões financeira, mas por motivos de ordem política, uma vez que nem ele nem Beatriz haviam sido coroados e sem esta importante cerimónia, eram apenas pretendentes à coroa.
Entregando o comando militar ao seu fiel seguidor Álvares Pereira, João de Aviz procurou concentrar-se em ver a sua posição reconhecida além fronteiras. Em 1384 a Guerra dos cem anos encontrava-se no seu apogeu, com ingleses e franceses a lutarem pela coroa de França. O conflito depressa ultrapassou a questão dinástica inicial e influenciou, por exemplo, o cisma papal de Avinhão. Uma vez que Castela era aliada tradicional dos franceses, a opção lógica para Portugal seria pedir auxílio britânico. Em Maio de 1384, João envia uma embaixada ao rei Ricardo II de Inglaterra, um rapaz de dezassete anos, controlado pelo seu regente e tio, João de Gaunt, Duque de Lencastre. De início, o Duque mostrou-se reticente em aceder ao pedido de ajuda, mas por fim acordou em enviar tropas para Portugal. Uma vez que, por via da mulher Constança de Castela, era pretendente ao trono de Juan I, interessava-lhe que uma vitória de Portugal pudesse enfraquecer a sua posição. Sublinhas políticas à parte, a intervenção inglesa mostrou-se decisiva.
Entretanto, Lisboa encontrava-se a braços com o cerco de Castela, que começava a causar fome e privação. Bloqueada por terra e pelo rio, a cidade perdera as esperanças de ser libertada pelo exército de João de Aviz, demasiado pequeno para arriscar nesta fase um confronto directo com os castelhanos, e ocupado em controlar outras cidades. Foi feita uma tentativa de aliviar a pressão do cerco pelo rio. A 18 de Julho, uma esquadra comandada pelo capitão Rui Pereira rompe o bloqueio e consegue entregar um carregamento de comida em Lisboa. A operação foi um sucesso, mas o custo muito alto, visto que quase todos os barcos portugueses foram afundados e o próprio Rui Pereira faleceu nos combates. O cerco continuou, apesar deste pequeno sucesso português, e semanas depois a cidade de Almada rende-se a Castela. A situação parecia perdida para os lisboetas, quando a providência interveio a seu favor. O cerco estava também a ser complicado nas fileiras castelhanas, sem reforços à mão e também com problemas de abastecimentos, graças à s acções de Nuno Álvares Pereira na retaguarda. No fim do Verão uma epidemia de peste negra surgiu no exército castelhano, forçando Juan I a retirar para Castela a 3 de Setembro. Semanas depois, a frota castelhana abandona o Tejo e Lisboa podia respirar de alívio.
1385
Entre o fim de 1384, princípio de 1385, Nuno Álvares Pereira subjugou a maioria das cidades portuguesas que haviam declarado apoio à princesa Beatriz e ao marido Juan I de Castela. Durante a Páscoa, chegaram a Portugal as tropas inglesas enviadas em resposta ao pedido de ajuda feito por João de Aviz. Apesar de não serem um grande contigente, contavam-se à volta de 600 homens, eram tropas na sua maioria veteranas da Guerra dos cem anos, bem treinados nas tácticas de sucesso da infantaria inglesa. Entre o contingente inglês, encontrava-se uma divisão de archeiros, que haviam provado o seu valor contra cargas de cavalaria (ver batalha de Crecy, por exemplo).
Com tudo a jogar a seu favor, João de Aviz organizou uma reunião das Cortes em Coimbra, juntando todas as figuras importantes do reino. É aí que, a 6 de Abril, foi aclamado João I, Rei de Portugal, primeiro da Dinastia de Aviz, num claro acto de guerra contra as pretensões castelhanas. Num dos seus primeiros éditos reais, João I nomeia Nuno Álvares Pereira Condestável de Portugal e protector do reino. Pouco depois, rei e general partem para o Norte, para acabar com os últimos focos de apoio a Castela.
Em Castela, Juan I não hesita em responder ao desafio, enviando, pouco depois da aclamação de Coimbra, uma expedição punitiva a Portugal. O resultado é a batalha de Trancoso em Maio, onde as tropas de João I obtêm uma importante vitória. Com esta derrota, o rei de Castela percebe por fim que necessita de um enorme exército para pôr fim à quilo que considera uma rebelião. Na segunda semana de Junho, a maioria do exército de Castela, comandado pelo rei em pessoa, acompanhado por um contingente de cavalaria francesa, entra em Portugal pelo Norte. Desta vez, o poder dos números estava do lado de Castela: Juan I contava com cerca de 30000 homens, para os apenas 6000 à disposição de João I de Portugal. A coluna dirige-se imediatamente para Sul, na direção de Lisboa e Santarém, as principais cidades do reino.
Entretanto, João I e o Condestável encontravam-se perto de Tomar. Depois de alguma discussão, conclui-se que os castelhanos não podem levantar novo cerco a Lisboa, incapaz de resistir a nova provação. João I decide interceptar o inimigo nas imediações de Leiria, perto da vila de Aljubarrota. A 14 de Agosto, o exército castelhano, bastante lento dado o seu enorme contingente, encontra finalmente as tropas portuguesas, reforçadas com o destacamento inglês. O resultado deste encontro será a Batalha de Aljubarrota, travada ao estilo das batalhas de Crecy e Azincourt, onde a táctica usada permitia a pequenos exércitos resistir a grandes contingentes e cargas de cavalaria. O uso de archeiros nos flancos e de armadilhas para impedir a progressão dos cavalos, localizadas em frente à infantaria, constituem os principais elementos. O exército castelhano não foi só derrotado: foi totalmente aniquilado. As perdas da batalha de Aljubarrota foram de tal forma graves que impediram Juan I de Castela de tentar nova invasão nos anos seguintes.
Com esta vitória, João I foi reconhecido como rei de Portugal, pondo um fim ao interregno e à anarquia da Crise de 1383-1385. O reconhecimento de Castela chegaria apenas em 1411 com a assinatura do tratado de Ayton-Segovia. A aliança Luso-Inglesa seria renovada em 1386 no Tratado de Windsor e fortalecida com o casamento de João I com Filipa de Lencastre (filha de João de Gaunt). O tratado, ainda em vigor, estabeleceu um pacto de mútua ajuda entre Inglaterra e Portugal.
Cronologia
1383
Abril – A princesa Beatriz de Portugal (filha única do rei Fernando) casa com o rei Juan I de Castela.
22 de Outubro – O rei Fernando morre: a rainha viúva Leonor torna-se regente em nome de Beatriz e João de Castela
Começa a resistência, liderada por João, Grão-Mestre de Aviz: vários castelos são ocupados
1384
Janeiro – João I de Castela invade Portugal
Abril – Os portugueses ganham a batalha dos Atoleiros
Maio – Começa o cerco de Lisboa; é enviada uma embaixada a Inglaterra
Julho – Uma frota portuguesa rompe o cerco de Lisboa, embora com pesadas derrotas
3 de Setembro – João I de Castela, retira-se para o seu reinoInverno – Nuno Álvares Pereira e João de Aviz subjugam cidades a favor de Castela
1385
Páscoa – Chegada dos aliados ingleses
6 de Abril - João de Aviz é aclamado rei em Coimbra
Junho - João I de Castela invade Portugal com toda a força, depois da derrota de uma expedição punitiva na batalha de Trancoso
14 de Agosto – Batalha de Aljubarrota, vitória definitiva de Portugal, fim da Crise.