Guerra é uma disputa violenta entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados. A guerra pode ocorrer entre países ou entre grupos menores como tribos ou facções dentro do mesmo país. Em ambos os casos, pode-se ter a oposição dos grupos rivais isoladamente ou em conjunto. Neste último caso, tem-se a formação de aliança(s).
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Reunião Ásia-Europa termina com condenação à Coreia do Norte
"Os ministros condenam o teste nuclear de 25 de maio da Coreia do Norte, que constitui uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", diz a declaração final da reunião de ministros de Assuntos Exteriores do Asem, realizada durante dois dias na capital vietnamita.
"Os ministros urgem firmemente a Coreia do Norte a não realizar nenhum teste nuclear mais e cumprir devidamente as resoluções e decisões da ONU", diz ainda a nota, promovida pela delegação do Governo japonês enviada a Hanói.
O regime comunista norte-coreano fez na madrugada de ontem seu segundo teste nuclear e conquistou a atenção dos diplomatas enviados a Hanói, tirando o foco da crise econômica, que aparecia como tema principal da reunião.
O Conselho de Segurança da ONU condenou o teste nuclear, da mesma forma que tinham feito horas antes os ministros do Asem, liderados pela Coreia do Sul, que está tecnicamente em guerra com o Norte há meio século.
O regime de Pyongyang respondeu às críticas internacionais com o lançamento de vários mísseis e o anúncio de que seu Exército está preparado para uma batalha contra qualquer tentativa de "ataque preventivo" por parte dos Estados Unidos, segundo informou a agência estatal de notícias "Yonhap".
Outro assunto que ocupou lugar de destaque nas conversas do Asem foi a situação dos direitos humanos em Mianmar e, especialmente, o julgamento contra a líder da dissidência e prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, que viveu 13 dos últimos 19 anos reclusa.
O trabalho diplomático feito pelas delegações europeias conseguiu que a declaração final incluísse o tema birmanês.
"Os ministros pediram a libertação urgente dos detidos e que sejam levantadas as restrições aos partidos políticos", diz o texto, que também solicita "ao Governo birmanês que prepare e dirija eleições plurais em 2010, livres e limpas".
O pedido acontece no momento em que Suu Kyi, de 63 anos, é julgada em um presídio por ter violado as condições da prisão domiciliar, um delito penalizado com até cinco anos de reclusão.
Os ministros europeus e japonês fizeram ontem uma chamada à libertação de Suu Kyi de uma maneira muito mais taxativa, depois de se reunirem com o chanceler birmanês, Nyan Win, em Hanói.
No entanto, a menção na declaração final ganha especial importância já que entre os signatários se encontram vários vizinhos do regime birmanês.
O comunicado da nona reunião de chanceleres do Asem também inclui um parágrafo dedicado à Aliança de Civilizações promovida pelo presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.
"Os ministros expressaram seu apoio à Aliança de Civilizações e deram as boas-vindas aos resultados do fórum realizado em Istambul em abril de 2009, que ofereceu um local para manter um diálogo global e inclusivo", assegura o texto.
A Aliança de Civilizações é o nome pelo qual se conhece a proposta feita em 2004 por Zapatero perante a ONU que defende o estabelecimento de laços entre Ocidente e o mundo muçulmano a fim de combater o terrorismo por uma via diferente da militar.
O Asem é uma iniciativa dedicada a impulsionar a cooperação entre ambos os continentes. Do grupo, fazem parte, além dos 27 países da União Europeia, China, Coreia do Sul, Índia, Japão, Mongólia, Paquistão e os membros da Asean (Mianmar, Brunei, Camboja, Laos, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã). EFE
História da Coreia do Norte
A história da Coreia do Norte começa quando acaba a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Neste ano os japoneses foram expulsos da península coreana e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Os soviéticos estabeleceram-se ao norte do paralelo 38 e os estadunidenses ao sul. Formaram-se dois países divididos que reclamavam o direito sobre toda a península, cada um proclamando ser o legítimo representante do povo coreano.
A paz se mantinha fragilmente e em 25 de junho de 1950 a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro. Em 27 de julho de 1953 foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da ONU, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países.
Um regime de partido único tal qual o soviético foi implantado no país e tem sido assim até hoje. A Coréia do Norte apresentava bons índices de desenvolvimento econômico e industrial durante todo o terceiro quarto do século XX, graças à ajuda da URSS e ao cenário econômico mundial, mas a partir da crise do petróleo que surgiu nos anos 1970 o país sucumbiu diante da modernização tecnológica e econômica dos países capitalistas e não mais conseguiu se reerguer. Hoje depende freqüentemente de ajuda humanitária e apresentou, em 1995, um IDH com o Coeficiente de Gini no valor de 0.766, similar ao da China nos dias atuais, e superior ao IDH do Brasil na época. Mas o país, que passa por crises sociais graves busca acordos multilaterais para se re-erguer.
Em 1994 morreu Kim Il-sung, que governara o país desde 1948. Seu filho, Kim Jong-il, assumiu o comando do partido dos trabalhadores norte-coreano em 1997, e seguindo a linha do pai, opõe-se à abertura econômica do país, inflando gastos com o setor militar, possivelmente para barganhar algo dos inimigos políticos.
Da divisão à Guerra da Coréia
O comitê provisório popular da Coréia do Norte exerce as funções de governo provisório. A lei sobre a reforma agrária de 5 de março de 1946 aboliu a propriedade feudal. A lei de 10 de agosto de 1946 nacionalizou as grandes indústrias, os bancos, os transportes e as telecomunicações. O primeiro código do trabalho foi estabelecido pela lei de 24 de junho de 1946. A lei de 30 de julho de 1946 proclamou a igualdade dos sexos. Uma campanha de alfabetização foi iniciada em 1945.
A divisão da Coréia, desde a capitulação japonesa em 1945, estabeleceu os soldados soviéticos e americanos em partes diferentes divididos pelo trigésimo oitavo paralelo, ao final de 1948. Ao sul, os Estados Unidos colocaram em prática uma administração militar direta, e uma organização de eleições em 10 de maio de 1948, que conduziu à proclamação da República da Coréia, em 15 de agosto de 1948.
Depois da Pyongyang de uma conferência, reunindo as organizações da Coréia do Norte e do Sul, em abril de 1948, as eleições legislativas (organizadas clandestinamente ao Sul) foram feitas em 25 de agosto de 1948. Em 9 de setembro de 1948, a Assembléia popular proclama a República popular democrática da Coréia à Pyongyang.
A Guerra da Coréia

Lema:
강성대국
"Cada um tem a certeza de ganhar se acreditar e depender do povo"
Hino nacional: Aegukka
(canção patriótica)
Gentílico: norte-coreano
Capital - Pyongyang
39° 02' N, 125° 45' E
Cidade mais populosa - Pyongyang
39° 02' N, 125° 45' E
Língua oficial - coreano
Governo - República socialista Juche
- Presidente Kim Yong-nam
- Líder do Comité de Defesa Nacional Kim Jong-il
- Primeiro-ministro Kim Yong-il
Independência do Japão
- Declarada 15 de Agosto de 1945
- Reconhecida 9 de Setembro
Área
- Total 120.540 km² (96º)
- Água (%) 0,1
Fronteira
Coreia do Sul
China
Rússia
População
- Estimativa de 2009 : 22.665.345 hab. (52ºº)
- Densidade : 182,25 hab./km² (41ºº)
PIB (base PPC) : Estimativa de 2007 (est.)
- Total : US$40,00 bilhões USD (89º)
- Per capita : US$1,700 USD (156º)
Indicadores sociais
- Gini (2008) : 31 – baixo
- IDH (1998) : 0.766 (º) – médio
- Esper. de vida : 71 anos (125º)
- Mort. infantil : 19.86/mil nasc. (103º)
- Alfabetização : 100 %% (º)
Moeda : Won norte-coreano (KPW)
Fuso horário : (UTC+9)
Cód. ISO: .kp
Cód. Internet :
Cód. telef. :++850
