O Pentágono divulgou hoje cinco vídeos de Osama bin Laden apreendidos durante a operação militar ao complexo de Abbottabad, onde o líder da Al-Qaeda vivia, no Paquistão, e foi abatido.
No decurso da operação norte-americana para capturar o responsável pelos atentados de 11 de Setembro de 2001, foi feita a maior apreensão de sempre de vídeos de um líder da Al-Qaeda. Os Navy Seals encontraram na residência fortificada onde se encontrava Bin Laden câmaras de vídeo, uma dezena de computadores, discos rígidos e uma centena de dispositivos para armazenamento de dados (CD, DVD, canetas USB) e também notas manuscritas.
Entre os elementos apreendidos, figuram cinco vídeos sem som, protagonizados por Bin Laden que foram hoje divulgados à imprensa: num deles, vê-se o líder da Al-Qaida a ver televisão por satélite e a fazer zapping, parando nos canais que transmitem imagens suas; noutro, cujas imagens eram já conhecidas, prepara-se para disparar uma Kalachnikov; e num outro, que as autoridades norte-americanas dataram de entre 09 de outubro e 05 de novembro de 2010, Bin Laden fala para a câmara, como nas mensagens que periodicamente difundiu nos últimos dez anos.
Bin Laden era um "líder ativo da Al-Qaeda", continuando a fornecer instruções à organização a partir da sua residência em Abbottabad, no Paquistão afirmou um alto responsável dos serviços secretos.
"Os documentos analisados nos últimos dias mostram que Bin Laden continuava a ser um líder ativo da Al-Qaida, fornecendo instruções estratégicas, operacionais e táticas ao grupo", declarou o alto responsável a coberto do anonimato.
Na operação durante a qual Osama bin Laden foi eliminado, as forças especiais norte-americanas apreenderam uma importante quantidade de documentos que as agências de serviços secretos norte-americanas imediatamente começaram a analisar.
"Os documentos apreendidos já nos forneceram um alerta importante", considerou o alto responsável norte-americano.
Foi com base nesses documentos que os Estados Unidos descobriram que a Al-Qaeda tencionava cometer atentados em comboios por ocasião do 10. aniversário do 11 de Setembro, indicou na quinta-feira o departamento de Segurança Interna norte-americano












