quinta-feira, 30 de julho de 2009

50 anos da ETA: o legado de violência





A organização separatista basca ETA faz 50 anos esta sexta-feira dia 31 de Julho e a violência continua a ser o principal meio de luta pela independência do País Basco. Ainda assim, enquanto grupo, a ETA está hoje mais fraca do que nunca.

"A ETA, de 1958, criada durante a ditadura de Francisco Franco, era um grupo de militantes antifranquistas e nacionalistas. Era a juventude de 68, era a cultura, a frente operário, mas não os assassínios", explicou o jornalista basco Gorka Landaburu.
Em 31 de julho de 1959, vários dissidentes do Partido Nacionalista Basco (PNV) acabaram por fundar a ETA. Mas se, até 1968 o grupo não recorreu à violência, passou depois a usá-la com frequência.
Na quarta-feira, uma carrinha-bomba explodiu na cidade espanhola de Burgos (no norte do país) e feriu mais de 60 pessoas. E também esta tarde, o atentado que matou dois guardas civis numa explosão em Maiorca, no arquipélago mediterrânico das Baleares, tem o selo característico da organização.
"O problema da ETA é que o grupo não soube digerir o fim do franquismo e a transição democrática do fim dos anos 70", "não soube renunciar à violência", que já deixou 826 mortos, resumiu Landaburu.
"Hoje, a situação da ETA reflecte bastante a fragilidade da organização, já que o número de atentados mortais tem vindo a diminuir. Nos dois últimos anos, a perseguição policial foi bastante intensa", explicou à AFP o jornalista e especialista Florencio Domínguez.
"A capacidade do grupo é bastante inferior à de 10 anos atrás mas, apesar de ter reconhecido as dificuldades que tem, decidiu optar por manter o terrorismo", explicou.
No entanto, o facto de cada vez mais veteranos da ETA e mais eleitores separatistas bascos se estarem a distanciar da violência "é um sinal de esperança", garante o professor Antonio Alonso, tal como o facto de o partido independentista Aralar, que condena o terrorismo, ter conquistado este ano mais três lugares no Parlamento regional (passando de um para três).
Nos dois últimos anos, a ETA organizou vários atentados - que mataram sete pessoas - fazendo frente a uma ofensiva policial espanhola e francesa sem precedentes. Desde essa altura, a organização tem vindo a desgastar-se cada vez mais, mas continua a ter um núcleo de apoio que ainda a encara como uma referência.
E encontrar novos militantes não é um problema: "a ETA não precisa de centenas de jovens a cada ano, precisa de apenas algumas dezenas e conseguir 20 ou 30 pessoas por ano não é problema. O que é mais difícil é enquadrar este pessoal", explicou Domínguez.
Ainda assim, acredita que "no futuro, a ETA vai enfraquecer progressivamente", comentou. Da mesma forma, Alonso prevê que o grupo de dissolva e se "transforme num grupo mafioso".
(AFP/SAPO)



CONHEÇA SUA HISTÓRIA

A organização Euskadi Ta Askatasuna (basco para Pátria Basca e Liberdade), mais conhecida pela sigla ETA, é um grupo que pratica o terrorismo como meio de alcançar a independência da região do País Basco (Euskal Herria), de Espanha e França. A ETA possui ideologia separatista/independentista marxista-leninista e revolucionária.
É classificada como um grupo terrorista pelos governos da Espanha, da França e dos Estados Unidos, pela União Européia e pela Anistia Internacional. O seu símbolo é uma serpente enrolada num machado. Foi fundada por membros dissidentes do Partido Nacionalista Basco. Durante a ditadura franquista, contou com o apoio da população e o apoio internacional, por ser considerada uma organização anti-regime, mas foi enfraquecendo devido ao processo de democratização em 1977. O seu lema é Bietan jarrai, que significa seguir nas duas, ou seja, na luta política e militar.
Este grupo separatista reivindica a zona do noroeste da Espanha e do sudeste da França, na região montanhosa junto aos Pirineus, virada para o Golfo de Biscaia, região denominada por Euskal Herria (País Basco). A ETA reivindica, em território espanhol, a região chamada Hegoalde ou País Basco do Sul, que é constituído por Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra; também reivindica, em território francês, a região chamada Iparralde ou País Basco do Norte, que é constituído por Labour, Baixa Navarra e Soule.
O governo espanhol estendeu o estatuto de Comunidade Autônoma Basca a três províncias da Espanha - Álava, Biscaia e Guipúscoa - da qual Navarra não faz parte, possuindo esta o estatuto da Comunidade Foral de Navarra.
A ETA foi criada em 1959, originou do Partido Nacionalista Basco (PNV), um partido político fundado em 1895 e que sobrevivera na clandestinidade durante a ditadura de Francisco Franco (1939-1975).

Denominação
Os integrantes da ETA são denominados etarras, um neologismo criado pela imprensa espanhola a partir do nome da organização e do sufixo basco com o qual se formam os gentílicos no idioma. Em basco a denominação é etakideak, plural de etakide (membro da ETA). Os membros e partidários do movimento frequentemente utilizam o termo gudariak, que significa guerreiros ou soldados.

História

Em 1952 organiza-se um grupo universitário de estudos chamado Ekin (empreender em euskera), em Bilbao. Em 1953, através do Partido Nacionalista Basco (PNB) o grupo entra em contacto com a organização juvenil PNB, Euzko Gaztedi. Em 1956 as duas associações fundem-se. Dois anos mais tarde (1958), os grupos separam-se por divergências internas, sendo que o Ekin converte-se em ETA no dia 31 de Julho de 1959.
Por questões ideológicas, o ETA desliga-se do PNB, utilizando a acção directa como estratégia de movimento de resistência na mesma época em que diversos países do hemisfério sul lutavam por liberdade. A sua primeira Assembleia ocorreu no mosteiro beneditino de Belloc França em maio de 1962, sendo as resoluções:

• A regeneração histórica, considerando a história basca como um processo de construção nacional.
• O que define a nacionalidade basca é a euskera, em vez da etnia, como fazia o PNB.
• Definem-se como um movimento não religioso, rechaçando a hierarquia da igreja ainda que utilizem a sua doutrina para a elaboração do seu programa social. Isto contrasta com o catolicismo do PNB.
• O Socialismo.
• A independência do País Basco, compatível com o federalismo europeu.

Primeiras assembleias e primeiros atentados

Os esquerdistas conseguem uma definição maior da ideologia do ETA a partir da II Assembleia, que define as afinidades da ideologia do movimento com o comunismo. Esta assembleia foi realizada em Bayona, na primavera de 1963.
Na III Assembleia, que ocorreu entre Abril e Maio de 1964, decidiu-se que a luta armada era o melhor maneira de alcançar os seus objectivos. A resolução foi publicada mais tarde no periódico "La insurrección" e, País Basco.
Nesta assembleia também se decidiu, por unanimidade, a ruptura final com o PNB, que para o ETA, "contrariava os interesses da libertação nacional".
É difícil definir qual foi o primeiro atentado do ETA, já que os primeiros não foram assumidos. Em todo caso, o primeiro atentado assumido pelo ETA foi a morte do guarda civil José Pardines Arcay, em 7 de Junho de 1968.
Em 1968 o ETA cometeu seu primeiro atentado de grande repercussão: o assassinato de Melitón Mananzas, chefe da polícia secreta de San Sebastián e torturador da ditadura franquista.
Em 1970, vários membros de ETA são julgados e condenados à morte durante o processo de Burgos, mas a pressão internacional fez com que a pena fosse alterada, mesmo tendo sido aplicada a outros membros do ETA anteriormente. O atentado de maior repercussão durante a ditadura ocorreu em Dezembro de 1973, com o assassinato do almirante e presidente do governo Luis Carrero Blanco, em Madrid, acção que foi aplaudida por muitos exilados políticos.
Em 1978, com a nova constituição espanhola, o País Basco consegue grande autonomia. Porém, a ETA reivindica a independência total da região.
No dia 22 de Março de 2006 a organização declarou um cessar-fogo permanente, que foi rompido em 30 de Dezembro de 2006. A organização assumiu a explosão de um carro-bomba no Terminal 4 do aeroporto de Barajas, em Madrid. Ao contrário do que sucedera no passado, a ETA não anunciou o atentado previamente, provocando o desmoronamento de três dos quatro andares do prédio (o mais recente terminal do aeroporto), a suspensão do tráfego aéreo num dos dias mais movimentados do ano nos aeroportos europeus, deixando dezenove pessoas feridas e causando a morte de dois equatorianos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Balanço dos motins de Xinjiang sobe para 184 mortos

O número de mortos na sequência de motins étnicos, no Oeste da região de Xinjiang, na China, subiu dos 156 para os 184. Entretanto, o primeiro-ministro da Turquia descreveu a violência étnica naquela região como «genocídio».
A agência Xinhua noticiou, esta sexta-feira, que as vítimas mortais incluem 137 pessoas do grupo étnico dominante, Han, dos quais 111 homens e 26 mulheres, outras 46 do grupo uigures e um morto do grupo Hui. Os conflitos ultrapassam já os mil feridos. As autoridades encerraram, esta sexta-feira, várias mesquitas mas os crentes acorreram em força a estes espaços de culto para cumprir o dia semanal de oração, ignorando as ordens da polícia. Cerca de cem homens entraram esta manhã em confronto com as autoridades, exigindo que lhes fosse permitida a entrada na Mesquita Branca, perto do bairro muçulmano de Uighur, sendo que a polícia acabou por abrir o local.
Milhares de pessoas, sobretudo do grupo étnico Han, saíram, esta sexta-feira, de Urumqi, capital da região de Xinjiang, por causa da nova onde de violência inter-étnica. Esta é a primeira vez que o governo assume uma divisão étnica em motins civis. Desde os conflitos de domingo, a capital da região de Xinjiang, Urumqi, tem um dispositivo de segurança de centenas de polícias e tropas que estão a patrulhar as ruas. Entretanto, primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdoganm, afirmou, em declarações a jornalistas, que a China «não pode continuar a ser espectador» e que os acontecimentos em Xinjiang são «claramente uma selvajaria, como um genocídio». A Turquia mantém relações culturais e religiosas próximas com a população uígure de Xinjiang, de origem turquemena e religião muçulmana.

Confirmado adiamento de visita de Hu Jintao a Portugal

O governo chinês confirmou oficialmente, esta quarta-feira, o adiamento da visita a Portugal do presidente chinês Hu Jintao, devido aos conflitos em Xinjiang, na região autónoma uigure, no noroeste da China.
Apesar do adiamento da visita do chefe de Estado chinês a Portugal, será mantida a realização, sexta-feira e sábado, do Fórum Económico e Comercial luso-chinês, que reunirá em solo português um número recorde de empresários chineses (mais de 200).
O presidente chinês chegou a Roma no passado domingo para uma visita de Estado a Itália a convite do presidente italiano Giorgio Napolitano.
Hu Jintao deveria iniciar esta sexta-feira uma visita de dois dias a Portugal, depois da participação na cimeira dos G8, que decorre entre hoje e quinta-feira.
No entanto, os conflitos em Xinjiang levaram o presidente chinês a decidir-se pelo regresso a casa, falhando a participação na cimeira e a visita a Portugal.
Apesar da ausência do presidente, o conselheiro de Estado Dai Bingguo participará nos trabalhos do G8 que reúne os líderes dos oito países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canada, Franca, Estados Unidos, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia), a África do Sul, Brasil, China, Índia e México.
Além do homólogo português, Aníbal Cavaco Silva, Hu Jintao tinha encontros previstos com o presidente da Assembleia da Republica, Jaime Gama, e com o primeiro-ministro, José Sócrates, assinalando ao mais alto nível o 30.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.
Novos confrontos étnicos rebentaram esta terça-feira em Urumqi, capital do Xinjiang, onde milhares de Hans, armados de bastões, de pás e machados invadiram as ruas para se vingarem depois dos motins dos uígures, muçulmanos de origem turca desta região que fizeram 156 mortos e mais de um milhar de feridos no domingo.
Estes tumultos são os mais violentos dos últimos 60 anos em território chinês.

Responsáveis do Partido Comunista prometem «punições severas»


Os mais altos responsáveis do Partido Comunista Chinês reunidos na quarta-feira na província de Xinjiang prometerem «punições severas» para os responsáveis dos distúrbios na região. Segundo a agência Nova China, a estabilidade em Xinjiang é a «tarefa mais importante e premente».
Altos dirigentes do Partido Comunista Chinês reunidos em Xinjiang na quarta-feira prometeram «punições severas» para os responsáveis dos distúrbios na capital da província, Urumqi, que fizeram pelo menos 156 mortos, segundo o balanço oficial.
Esta foi a primeira reacção do partido no poder na China aos confrontos entre uigures e Hans na província, que levaram mesmo o presidente chinês, Hu Jintao, a encurtar a sua visita a Itália, onde deveria participar na cimeira do G8.
Segundo a agência Nova China, o comunicado desta reunião que juntou o Bureau Político do partido Comunista Chinês, a mais alta instância dirigente da China, frisa que a estabilidade em Xinjiang é a «tarefa mais importante e mais premente».
Na quarta-feira à tarde, o chefe do partido comunista em Urumqi, Li Zhi, tinha garantido que todas as pessoas culpadas de assassínio durante os confrontos seria condenada à morte, ao passo que o presidente da câmara da cidade tinha assegurado que «as autoridades controlam a situação».
Segundo os correspondentes da AFP no local, a situação parece ter voltado ao normal na quinta-feira em Urumqi, uma cidade de dois milhões de habitantes que está agora sob forte presença das forças armadas chinesas.
O Congresso Mundial Uigur, que representa a principal minoria da província de Xinjiang, afirma que terão morrido entre 600 a 800 pessoas nestes confrontos entre esta minoria de muçulmanos turcófonos e os Hans, a maioria étnica na China

Mesquitas encerradas na capital de Xinjiang


Muitas mesquitas na capital da província de Xinjiang estão fechadas apesar de ser sexta-feira, dia de oração dos muçulmanos. Perante a força presença militar na região, os uigures estão a ser convidados a orar em casa.
Muitas mesquitas encontram-se fechadas, esta sexta-feira, na capital da província chinesa de Xinjiang em dia de oração para os muçulmanos por receio de novos conflitos étnicos na região, que até fizeram pelo menos 156 mortos.
«O governo disse que não iriam haver orações. Não podemos fazer nada. O governo tem medo que a população use a religião para apoiar as três forças», adiantou um uigur citado pela AFP, em referência ao extremismo, separatismo e terrorismo, que Pequim diz que ameaça a China.
Perante a força presença militar chinesa na região, os uigures, a minoria étnica mais representativa desta província, estão a ser convidados a orar em casa, um convite que surgiu nas portas de algumas mesquitas que esta sexta-feira estavam fechadas na capital de Xinjiang, Urumqi.
Um funcionário governamental explicou ainda que numa outra cidade desta província foram suspensas as visitas de forasteiros devendo, por razões de segurança, «as pessoas ficar esta sexta-feira em casa e rezar».
Entretanto, num comunicado, o Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês, composto por nove membros, e que é a cúpula do poder na China, apelou ao «reforço da unidade étnica do país», numa tentativa de acalmar a violência dos últimos dias.
«Os Han não podem ser separados das minorias, as minorias não podem passar sem os Han e as minorias não podem passar umas sem as outras», afirmou este comité num comunicado publicado na imprensa oficial.
Neste comunicado, este comité reiterou que «a estabilidade é a tarefa mais importante e urgente» isto depois dos tumultos de domingo em Urumqi que foram os mais violentos desde a criação da República Popular da China, há 60 anos.
O governo chinês diz que estes confrontos foram «instigados» peloCongresso Mundial Uigur, presidido pela empresária Rebiya Kadeer, que está exilada nos EUA e que é descrita pela imprensa como a «Dalai Lama uigur».

Autoridades chinesas dizem que responsáveis pelas mortes em confrontos serão executados

08 JUL 09 às 19:57
O líder do Partido Comunista na cidade de Urumqi afirmou, esta quarta-feira, que os responsáveis pelas mortes resultantes dos confrontos, que desde domingo opõem membros das etnias han e uigure, vão ser condenados à morte.
Os confrontos quase paralisaram a cidade, capital da região autónoma de Xinjiang (noroeste), e obrigaram o Presidente chinês, Hu Jintao, a cancelar a sua participação na cimeira do G8 e uma visita oficial a Portugal para regressar a Pequim. O líder do Partido Comunista local, Li Zhi, disse hoje, numa conferência de imprensa transmitida pela televisão, que «aqueles que cometeram crimes por meios cruéis vão ser executados» e que já foram detidas muitas pessoas, incluindo estudantes. Segundo a lei chinesa, o crime de homicídio é punível com a pena de morte. De acordo números oficiais, os confrontos provocaram até agora 156 mortes e mais de 1100 feridos, mas desconhece-se quantos são hans, a etnia maioritária na China, e quantos são uigures, minoria de etnia turquemena e religião muçulmana.

Decretado recolher obrigatório em Urumqi

07 JUL 09 às 11:08
Um recolher obrigatório foi, esta terça-feira, decretado em Urumqi pelas autoridades locais, após novos confrontos étnico na capital da região de Xinjiang, noroeste da China, anunciou a agência Xinhua.
Um responsável do partido comunista de Xinjiang, Wang Lequan, anunciou à televisão que o recolher obrigatório estaria em vigor das 21:00 (14:00 em Lisboa) de hoje até às 8:00 de quarta-feira para evitar uma repetição das cenas de violência de hoje à tarde na cidade, de dois milhões de habitantes, adiantou a agência.
As autoridades lançaram também um apelo à calma às comunidades em confronto, nomeadamente, os Han, etnia maioritária na China, e os Uigures, principal comunidade muçulmana de Xinjiang

Mais de 1400 pessoas detidas na China acusadas de tumultos

07 JUL 09 às 09:01

No Noroeste da China, mais de 1400 pessoas foram detidas sob a acusação de terem contribuído para os tumultos, desta segunda-feira, na província de Xinjiang. Os confrontos entre os manifestantes da maioria UyGur e a polícia fizeram 150 mortos.
Já esta manhã, de terça-feira, há notícia de uma manifestação de cerca de 200 mulheres exigindo a libertação dos familiares presos pelas autoridades chinesas.
Entretanto, surgiram relatos de que as centenas de pessoas de etnia Han, armados com bastões, que tentavam chegar à praça central, foram desmobilizadas pela polícia.
Recorde-se que na base dos confrontos em Urumchi estão conflitos étnicos.
De um lado, a maioria da população, os uigures muçulmanos de ascendência turca, que se queixam de estarem arredados dos empregos na administração pública e de constantes perseguições religiosas.
Do outro, os Han, uma minoria naquela região, mas que tem imigrado em grande número, e que são preferidos para os lugares de topo na China.
Na televisão estatal, a única versão que passa é que os Han foram atacados pelos uigures, sem provocação e de uma forma selvagem.
A outra versão, a que não passa na televisão chinesa, é a de que os protestos começaram pacificamente e teram sido os militares chineses a disparar e a carregar sobre os manifestantes uigures.
Desde domingo até agora, a polícia chinesa admite que já deteve quase 1500 pessoas e que a contagem de mortos já está acima dos 150 e mais de mil feridos.

Secretário-geral da ONU apela ao respeito pelos direitos democráticos

06 JUL 09 às 12:49

O secretário-geral da ONU apelou aos respeito pelos direitos democráticos no mundo após os distúrbios na China que resultaram na morte de 140 pessoas. O presidente italiano também falou desta questão num encontro que teve com o seu homólogo chinês.
O secretário-geral da ONU apelou, esta segunda-feira, ao respeito pelos direitos democráticos por parte de todos os países, isto na sequência dos distúrbios no nordeste da China, que resultaram na morte de 140 pessoas.
«Qualquer que seja o lugar onde aconteça, a posição das Nações Unidas e do secretário-geral é clara: todos os diferendos, no interior de um país ou a nível internacional, devem ser resolvidos pacificamente pelo diálogo», afirmou Ban Ki-moon, em conferência de imprensa.
Quando interrogado sobre os distúrbios na China, Ban explicou que os «governos devem agir com a mais extrema prudência, tomando as medidas necessárias para proteger a vida e a segurança da população, dos cidadãos e dos seus bens, e para proteger a liberdade de expressão, reunião e liberdade de informação».
«Estes são os princípios de base da democracia e para estes que apelo de novo a todos os países do mundo», frisou o secretário-geral da ONU, em conferência de imprensa em Genebra, na Suíça.
Também em conferência de imprensa, o porta-voz do primeiro-ministro britânico revelou-se «preocupado» com os distúrbios ocorridos na província de Xinjiang, tendo apelado também ao «diálogo» e à «retenção» quer para o governo chinês para para os manifestantes.
O presidente italiano indicou que o assunto dos Direitos Humanos foi tema de conversa num encontro que teve com o seu homólogo chinês, que chegou a Itália no domingo para participar na cimeira do G8.
«Estamos convencidos que o desenvolvimento e o progresso económico e social que estão em vias de ser feitos na China põem novas exigências em matéria de Direitos Humanos», explicou Giorgio Napolitano após o encontro que teve com Hu Jintao.
Napolitano adiantou ainda que os Direitos Humanos são um «assunto que a Itália sempre colocou e pretende colocar no respeito máximo dos argumentos chineses, da integridade e autonomia de decisão da China e as suas instituições».

Tumultos em Urumqi fazem 140 mortos e mais de 800 feridos

06 JUL 09 às 08:05

Os tumultos deste domingo em Urumqi, capital regional do Xinjiang, no noroeste da China, fizeram 140 mortos e mais de 800 feridos, de acordo com a agência estatal Nova China, citando as autoridades locais.
Centenas de pessoas foram detidas na sequência dos violentos incidentes que eclodiram este domingo à noite, entre as quais «mais de dez personalidades chave que atiçaram os tumultos», adiantou a Nova China citando o departamento de segurança pública.
«A polícia continua à procura de outras 90 pessoas chave», acrescenta a agência.
Por seu lado, um porta-voz do governo regional disse à agência France Press que «o último balanço aponta para 140 mortos e 828 feridos».
Este balanço coincide com as imagens impressionantes difundidas pela televisão central CCTV, que mostram civis ensanguentados, alguns deitados no chão, alternando com planos de veículos em chamas ou já carbonizados, e outras pessoas a lançar pedras às forças da ordem ou a virar uma viatura da polícia.
Segundo um correspondente da AFP no local, a calma parece ter regressado hoje a Urumqi, onde a presença das forças da ordem é visível e onde as autoridades fecharam vários bairros durante a manhã.
No entanto, a Nova China já anunciou o «levantamento parcial» das restrições da circulação a meio do dia.
Pequim atribuiu a responsabilidade pelos tumultos à dissidência uigur no exílio, e nomeadamente ao Congresso Mundial Uigur de Rebiya Kadeer, que chegou em Março aos Estados Unidos após a sua detenção durante quase seis anos na China e do seu exílio forçado em Pequim.
A organização uigur terá incitado à violência com apelos na Internet aos simpatizantes para se mostrarem «mais bravos» e «fazerem qualquer coisa em grande».
Estes incidentes fazem lembrar os do ano passado em Lhasa, capital regional do Tibete: a 14 de Março de 2008, tibetanos viraram-se contra comerciantes da etnia Han, matando 18 civis e um polícia, segundo as autoridades chinesas.
Em Xinjiang, nos confins da Ásia Central, vivem cerca de 8,3 milhões de uigures, alguns dos quais denunciam a repressão política e religiosa exercida pela China a coberto da luta contra o terrorismo.

Autoridades chinesas reprimiram com mão-de-ferro manifestantes em Xinjiang

As últimas horas na cidade de Urumechi, na capital da província de Xinjiang, no noroeste da China, foram de grande violência. A repressão das autoridades chinesas já resultou em 140 mortos, 800 feridos e a detenção de centenas de manifestantes.
O departamento de segurança pública chinês garante que são 100 os responsáveios pelos tumultos em Urumqi. Nas ruas da capital da provincia de Xinzhian estiveram, no entanto, milhares de pessoas.
Numa conferência de imprensa, o porta-voz do gorverno regional admitiu que o número tem tendência a aumentar, mas estão já confirmados 140 mortos e 800 feridos. Das vítimas mortais, 57 morreram na zona dos confrontos.
O número de detenções efectuadas também já está nas várias centenas, mas a polícia procura ainda 90 pessoas que considera estarem por detrás dos confrontos.
Pequim garante que quem começou com as manifestações foram membros da etnia uigúre, que representa mais de 50 por cento da população naquela região que são muçulmanos de origem turca e que se queixam continuamente de perseguições por parte das autoridades chinesas e também de não terem liberdade religiosa.
Há ainda outro motivo que leva regularmente os uigúres a protestar. Tal como no Tibete, o governo central chinês fomenta a imigração para aquela zona de membros de outro grupo etnico, os Han, a grande etnia na China, não permitindo aos uigures o acesso a cargos políticos, nem mesmo na região onde ainda são a maioria.
Desta vez, na origem dos protestos, que duraram toda a noite deste domingo, esteve a morte de dois uigúres numa fábrica chinesa na capital desta província.
A televisão oficial chinesa já transmitiu imagens impressionantes dos confrontos. Vêem-se civis cobertos de sangue, carros a arder ou já completamente carbonizados e ainda manifestantes a atacar com pedras a polícia chinesa.
Entretanto e segundo a France Press, a calma já regressou à capital Xinjiang, mas a presença das forças da ordem é ainda visível. O acesso à internet foi também desligado pelas autoridades chinesas

Pequim publica lista de oito presumíveis terroristas de Xinjiang

21 OUT 08 às 06:57
A China publicou, esta terça-feira, uma lista de oito presumíveis terroristas, membros de uma organização separatista islâmica. As autoridades afirmam que estes suspeitos ameaçaram os Jogos Olímpicos de Pequim em Agosto, apelando à cooperação internacional para os deter.
«Todos os terroristas desta lista são membros do Partido Islâmico do Turquemenistão oriental», afirmou o porta-voz do ministério da Segurança Pública (polícia), Wu Heping, durante uma conferência de imprensa, fazendo referência a um movimento que figura na lista de organizações terroristas das Nações Unidas.
«Eles participaram na preparação, na organização e na execução de várias actividades terroristas visando os Jogos Olímpicos de Pequim», acrescentou, lendo uma declaração.
«O terrorismo é uma ameaça comum para todos os países do Mundo, combater os terroristas é uma responsabilidade comum a todos os países», afirmou o porta-voz, apelando à comunidade internacional para colaborar para encontrar vestígios destes oito presumíveis terroristas.
«Esperamos que os governos dos países envolvidos e as administrações encarregues de aplicar a lei os procurem, os detenham e os entreguem à China para que os possamos julgar pelos seus crimes», afirmou o porta-voz, durante uma conferência de imprensa em que não foram permitidas questões.
Durante os Jogos Olímpicos, em Agosto, o Xinjiang, região muçulmana do extremo oriente, foi palco de uma série de atentados.
Alguns dias antes da abertura dos Jogos Olímpicos, em Kashgar a 04 de Agosto, 16 polícias foram mortos por dois homens, pertencendo, segundo a polícia chinesa, ao Partido Islâmico do Turquemenistão Oriental (ETIM).
Sob a pressão dos Estados Unidos e da China, o ETIM foi colocado na lista da ONU das organizações terroristas.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Iraque: Bomba mata 25 enquanto tropas EUA deixam cidades

Um carro-bomba causou hoje pelo menos 25 mortos em Kirkuk, norte do Iraque, logo após as tropas norte-americanas terem entregado o controle total das cidades iraquianas para as forças de segurança locais, seis anos depois da invasão.
A bomba, que feriu pelo menos 40 pessoas, explodiu num movimentado mercado numa região de maioria curda de Kirkuk, uma cidade vista como um local de potencial conflito entre os xiitas e os curdos. A polícia disse que o número de mortos pode aumentar.

Muitos iraquianos temem que o recuo das tropas norte-americanas das cidades e centros urbanos para as bases rurais, o primeiro passo para uma total retirada do exército dos EUA até ao final de 2011, deixe os militantes livres para atacar.

No entanto, o governo declarou esta terça-feira feriado, o «Dia Nacional da Soberania», e organizou uma parada para mostrar a força militar que será usada contra a insurreição resistente.

«Este dia, que consideramos uma celebração nacional, é uma conquista de todos os iraquianos», disse o primeiro-ministro do país, Nuri al-Maliki, num discurso na televisão.

ACIDENTE - AIRBUS A310


Jovem e piloto sobrevivem a queda de avião no Índico



Uma rapariga de 14 anos, e não uma de cinco anos, foi encontrada com vida no mar, nas buscas que decorrem no Índico após a queda de um Airbus A310. Também terá sido encontrado com vida o piloto do aparelho.

O avião, da companhia Yemenia, do Iemen, despenhou-se, esta madrugada, ao largo das ilhas Comores, no Oceano Índico, com mais de 150 pessoas a bordo.



“Uma criança foi encontrada com vida. Está num dos barcos das equipas de salvamento”, disse Bem Imani, cirurgião do hospital El-Maarouf, principal estabelecimento hospital da capital das Ilhas Comores. Foi indicado que a criança teria cinco anos.

Mas o ministro do Interior das Ilhas Comores, Abdourahim Said Bakar, já disse que a idade da sobrevivente estava errada.

Ibrahim Abdourazak, oficial do centro de crise montado nas Ilhas Comores, adiantou à Agência Reuters que se trata de uma rapariga de 14 anos e não uma criança de cinco anos, como foi inicialmente avançado.



"Três corpos foram recuperados", acrescentou Mohammad al-Soumaïri, director-geral adjunto da Yemenia. "O mar agitado e o vento forte dificultam as operações de busca e de socorro", salientou.

Também a aviação civil do Iemen deu conta da localização dos corpos de alguns dos 153 passageiros e tripulantes a bordo do avião sinistrado. "Foram avistados cadáveres a flutuar à superfície da água e foi localizada uma mancha de combustível a 16 ou 17 milhas (cerca de 29 quilómetros) de Moroni", afirmou à imprensa um responsável da Aviação Civil, Mohamed Abdel Kader.

O avião despenhou-se no mar menos de um mês depois da queda de um A330 da Air France a 01 de Junho no Atlântico, entre o Brasil e a França. Entre os 142 passageiros, de nacionalidade francesa e comorense, havia três bebés e os 11 tripulantes eram de nacionalidades diferentes, precisou.

A maioria dos passageiros tinha embarcado no avião em trânsito em Sanaa, sendo que 52 vinham de Paris, 59 de Marselha, 11 do Cairo, 12 do Dubai (Emirados Árabes Unidos) e três de Jiddah (Arábia Saudita), um de Amã e um de Damasco, explicou.

Companhia muito vigiada

A companhia proprietaria do Airbus A310 que se despenhou, esta madrugada, no Oceano Índico, era "uma companhia muito vigiada", disse Dominique Bussereau, secretário de Estado dos Transportes francês. Em declarações à cadeia i-télé, sustentou, ainda, que o avião, que caiu com 153 pessoas a bordo, na sua maioria franceses e comorenses, "tinha numerosos defeitos".

Antes, em declarações à rádio Europe 1, o secretário de Estado dos Transportes francês considerou que o mau tempo poderá ter estado na origem do acidente e anunciou que a França participaria no inquérito.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, precisou que havia 66 passageiros franceses a bordo e anunciou a participação de apoio aéreo francês nas operações de busca, a pedido do governo das Comores.

Foram montadas células de crise no aeroporto Charles de Gaulle (Paris) e no aeroporto de Marselha, cidade que tem uma grande comunidade comorense e de onde eram residentes numerosos passageiros.

Localizados destroços do avião

Um avião fretado pelas autoridades das Comores sobrevoou esta manhã a carlinga do Airbus A310-300 da companhia Yemenia que se despenhou durante a noite perto das costas do país, informou o secretário-geral do governo.

"Um pequeno avião sobrevoou a zona e o piloto avistou destroços e viu a carlinga", afirmou Nourdine Bourhane. "O piloto também viu combustível", acrescentou, precisando que a bordo do avião de reconhecimento se encontrava o ministro das Comunicações das Comores, Ahmed Abdou.

Enquanto isso, o director do aeroporto internacional de Moroni indicou que as condições meteorológicas eram desfavoráveis no momento previsto para a aterragem na aerogare do A310.

"O avião era esperado à 01:30 (23:30 em Lisboa). Antes da aterragem, a torre de controlo perdeu as comunicações com a tripulação. As condições meteorológicas eram desfavoráveis, com fortes rajadas de vento", declarou Hadji Mnadi Ali.

"O avião estava a cerca de 50 metros do solo em aproximação à pista e, em vez de entrar na pista, desviou-se, seguindo de forma anormal na direcção do mar", declarou um agente da polícia sob anonimato. “O aparelho tentou uma só aproximação à pista, depois desapareceu”, acrescentou.

Avião tinha 59 mil horas de voo

Um comunicado da Airbus referiu que o avião sinistrado entrou ao serviço há 19 anos, em 1990 e tinha acumulado 51 900 horas de voo, sendo operado pela Yemenia desde 1999.

A Airbus precisou que aparelho tinha o número de série 535 e anunciou o envio de uma equipa de especialistas para as Comores.

O A310-300 é um birreactor que pode transportar até 220 passageiros. Há um total de 214 aviões A310 ao serviço de 41 operadores em todo o mundo.

sábado, 20 de junho de 2009

Jornalista sequestrado há sete meses por talibãs consegue fugir

O repórter do New York Times David Rohde conseguiu fugir aos talibãs que o mantinham sequestrado há mais de sete meses numa região montanhosa do Paquistão, notícia o site do jornal norte-americano.
Enquanto recolhia dados para um livro sobre o envolvimento dos Estados Unidos no Afeganistão, Rohde foi sequestrado juntamente com um jornalista local, Tahir Ludin, e o motorista, Asadullah Mangal, fora de Cabul a 10 de Novembro.
O jornalista contou que ele e Ludin escalaram na sexta-feira à noite uma parede do complexo onde estavam reféns na região paquistanesa do Vaziristão Norte.
Na fuga encontraram batedores do exército paquistanês, que os levaram a uma base nas proximidades e sábado voaram até uma base militar norte-americana no Afeganistão.
O motorista não fugiu com os dois jornalistas, refere ainda a noticia.
As primeiras informações referiam Rohde como estando de boa saúde, enquanto Ludin magoou o pé na fuga.
O sequestro não tinha sido divulgado quer pelo New York Times, quer por outra imprensa para garantir a segurança dos reféns.
Rohde, de 41 anos, integra a equipa do jornal que venceu o Prémio Pulitzer em Maio pelo trabalho feito no Afeganistão e Paquistão no ano passado.

Guantanamo: Portugal vai receber dois a três ex-detidos

Óbidos, Leiria, 20 Jun (Lusa) --
Portugal irá receber dois a três ex-detidos do Centro de Detenção de Guantanamo mas o seu estatuto só deverá ser definido na próxima semana, revelou hoje à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado.
"Nós receberemos dois a três prisioneiros, mas teremos agora, internamente, que fazer os procedimentos necessários para proceder a esse acolhimento" explicou o Ministro.
Na sequência da reunião realizada ontem entre enviado especial dos EUA para o encerramento da prisão de Guantanamo, Daniel Fried e o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, Luis Amado sublinha que foram definidos "um conjunto de orientações relativamente às propostas que nos foram apresentadas" mas estão ainda a ser analisadas algumas questões como o estatuto a atribuir aos ex-detidos que Portugal irá receber.

IRÃO - ELEIÇÕES E CONSEQUÊNCIAS 2

Obama desafia governo do Irão a acabar com a violência

O presidente norte-americano Barack Obama desafiou o governo iraniano a acabar com "toda a violência e acções injustas contra o seu próprio povo", segundo um comunicado da Casa Branca.
Os comentários surgem numa altura em que sobem de tom os protestos contra os resultados eleitorais em Teerão.
Em Teerão, a polícia agrediu protestantes e usou gás lacrimogéneo e canhões de água contra milhares de pessoas que protestavam em Teerão contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Pelo menos sete pessoas morreram desde que a agitação começou há alguns dias.
Obama lembrou que os direitos universais de reunião e de livre discurso têm de ser respeitados e que os Estados Unidos estão com quem procura exercer esses direitos.
Irão: Mussavi exige repetição de eleições

Em dia de mais confrontos em Teerão, o líder da oposição iraniana diz-se "pronto para o martírio".
O líder da oposição iraniana, Mir Hossein Mussavi, voltou hoje a exigir a repetição das eleições presidenciais de 12 de Junho, no Irão, em carta enviada ao Conselho de Guardiães, que deve validar o plebiscito.
Na missiva, publicada na página da Internet de Mussavi, o ex-primeiro-ministro reitera que devido a "todas as violações registadas as eleições devem ser anuladas".
Pelo menos um homem ficou hoje ferido em Teerão numa manifestação de várias centenas de apoiantes de Mir Hossein Moussavi, candidato alegadamente derrotado nas presidenciais.
O homem foi ferido a tiro, no ombro, em Teerão, segundo uma testemunha que disse serem ainda ouvidos disparos.
Um outro manifestante disse à Agência France Presse (AFP) que a polícia lançou um ataque "brutal" contra um grupo que se manifestava pacificamente em Teerão.
A AFP, que garantiu não estar autorizada a fazer a cobertura de manifestações de oposição à reeleição de Ahmadinejad, disse não estar em condições de confirmar esta informação.
O guia supremo iraniano, Ali Khamenei, declarou sexta-feira que "o povo escolheu aquele que queria" como presidente do Irão, exigindo o fim das manifestações contra a controversa reeleição de Ahmadinejad.
Khamenei, principal autoridade do Estado, exigiu o fim das manifestações organizadas diariamente pela oposição após a proclamação dos resultados, garantindo que "não cederá à rua".
Rejeitou por outro lado a possibilidade de fraudes que tenham favorecido Ahmadinejad no escrutínio, confirmando que "o presidente foi eleito com 24 milhões de votos". Contudo, concedeu, qualquer dúvida sobre os resultados deve ser examinada pelos meios legais.

IRÃO - ELEIÇÕES E CONSEQUÊNCIAS


Marcha prevista para Teerão desconvocada por falta de autorização


Os organizadores da marcha prevista para este sábado em Teerão desconvocaram o seu protesto em virtude de não terem conseguido a autorização para o mesmo. Entretanto, a polícia tinha afirmado que todos os organizadores de marchas não autorizadas seriam detidos e processados pela justiça.
A marcha prevista para este sábado em Teerão foi desconvocada pelos seus organizadores devido ao facto de não ter sido autorizada pelas autoridades iranianas, indicou um comunicado dos organizadores, citado pela televisão de Estado.

«Uma permissão tinha sido pedida para que se realizasse uma manifestação, mas como ela não foi autorizada não haverá manifestação», iniciou a Associação iraniana de Religiosos Combatentes, fundada pelo ex-presidente Mohammad Khatami.

Entretanto, a polícia avisou que todos os organizadores de manifestações ilegais serão detidos e processados pela justiça, uma declaração feito pelo chefe adjunto da polícia, também na televisão de Estado.

Ahmad Reza Radan frisou que a «polícia agirá com determinação contra todas as manifestações e protestos ilegais» e e que todos os tentam enganar as pessoas ao dizer que existe uma autorização «serão processados em conformidade com a lei e detidos».

O cancelamento desta marcha surgiu no dia em que quer Mirhossein Moussavi, quer Mehdi Karoubi, ambos candidatos derrotados nas presidenciais de 12 de Junho não compareceram no Conselho de Guardiões para examinar as alegadas irregularidades neste acto eleitoral.

Segundo o site de um jornal iraniano, Moussavi estará a preparar para fazer um «comunicado importante ao povo iraniano» dentro de pouco tempo



Dissente Ebrahim Yazdi libertado

O líder do Movimento de Libertação do Irão (MLI), da oposição liberal, Ebrahim Yazdi, detido quarta-feira, foi libertado pelas autoridades iranianas, afirmou um dos seus conselheiros, Issa Saharkhiz.
«Ele está no hospital e a ordem de prisão dada pelo vice-procurador (Hassan) Hadad foi anulada», declarou esta sexta-feira Saharkhiz, acrescentando já ter falado com Yazdi ao telefone.

Yazdi, 70 anos, sofre de cancro, segundo o conselheiro.

O líder do MLI foi detido quarta-feira quando estava hospitalizado numa unidade de emergência, onde permaneceu apesar da ordem de prisão.

Durante os últimos dias, as autoridades iranianas têm multiplicado as detenções de opositores, na sequência das manifestações realizadas após o anúncio, sábado, da reeleição do Presidente Mahmud Ahmadinejad, uma vitória contestada por Mir Hossein Moussavi (principal adversário político de Ahmadinejad) e por outros dois candidatos, que denunciaram irregularidades no escrutínio eleitoral.

O MLI, fundado em 1960 por Mehdi Bazargan, é um movimento de oposição liberal, nacionalista, islâmico e progressista.

Yazdi foi ministro dos Negócios Estrangeiros no governo provisório chefiado pelo antigo primeiro-ministro Mehdi Bazargan e um dos mais próximos aliados do imam Khomeini durante o seu exílio em França em finais de 1978.


Amnistia Internacional acusa Khamenei de justificar uso da força pela polícia

A organização de defesa dos direitos humanos, Amnistia Internacional, acusou o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, de justificar o uso da força pela polícia no discurso que fez esta sexta-feira em Teerão.
«Estamos muito preocupados com as declarações do ayatollah Khamenei que parecem dar 'luz verde' às forças de segurança para recorrerem à violência contra os manifestantes que exercem os seus direitos de se manifestarem e exprimirem as suas opiniões», disse Hassiba Hadj Sahraoui, adjunto da AI para o Médio Oriente.

«Que um chefe de Estado responsabilize pelas possíveis consequências em matéria de segurança os manifestantes pacíficos e não as próprias forças de segurança constitui uma prevaricação e uma autorização para eventuais abusos», sublinhou Sahraoui num comunicado.

Neste contexto, a AI disse temer que, se houver manifestações nos próximos dias, os participantes sejam «alvo de detenções arbitrárias e de um uso excessivo da força, como foi o caso dos últimos dias».

No seu discurso de hoje Khamenei voltou a apoiar a controversa vitória eleitoral do presidente Mahmud Ahmadinejad e qualificou de «inaceitável o desafio das ruas».

O guia supremo iraniano advertiu a oposição de que «será responsável pelo caos» se continuar com os protestos, sem precedentes em 30 anos de República Islâmica.

A AI recordou o governo iraniano de que o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que Teerão subscreveu, protege expressamente o direito de reunião pacífica.

Entretanto, a AI reviu em baixa o balanço que tinha feito das vítimas mortais nas manifestações, passando de 15 para dez mortos.



Amnistia Internacional regista 15 mortos durante manifestações em Teerão

A Amnistia Internacional anunciou, esta sexta-feira, que 15 pessoas foram mortas durante as manifestações da oposição em Teerão, após as contestadas eleições presidenciais iranianas.
As manifestações da oposição, depois das eleições iranianas, provocaram 15 mortos em Teerão, anunciou a Amnistia Internacional.

«Sete mortos foram confirmados pela rádio oficial do Irão, mas a Amnistia Internacional registou até 15 mortos, entre os quais cinco estudantes cuja morte está por confirmar», indica a AI em comunicado.

Um porta-voz da AI precisou à agência noticiosa francesa AFP, que «o número de 15 pessoas foi confirmado».

«O que não está confirmado é se cinco dos 15 eram estudantes», adiantou.

Segundo a rádio oficial iraniana Radio Payam, sete civis foram mortos a tiro, segunda-feira, à margem de manifestações que juntaram várias centenas de milhares de pessoas.

Os mortos terão atacado uma base da milícia bassij, próxima do presidente ultra-conservador Mahmud Ahmadinejad.

O presidente norte-americano, Barack Obama, declarou-se na altura «profundamente preocupado».

As mortes ocorreram três dias depois das eleições presidenciais que permitiram a reeleição de Ahmadinejad, com cerca de 63 por cento dos votos, resultado que é contestado pelo seu rival Hossein Mussavi, que obteve cerca de 33 por cento.



UE apela à liberdade de manifestação no Irão

Os líderes da União Europeia apelaram, esta sexta-feira, ao Irão para que deixe a população «juntar-se e manifestar-se», depois de o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, ter exigido o fim das manifestações contra os resultados das presidenciais.
«O conselho (europeu) apela às autoridades iranianas para que se assegurem de que é garantido o direito de todos os iranianos a juntarem-se e a manifestarem-se pacificamente e para que se abstenham de utilizar a força contra as manifestações pacíficas», declararam os 27 chefes de Estado e de Governo, reunidos numa cimeira em Bruxelas.

O apelo consta de um texto adoptado hoje e que deverá ser divulgado mais tarde, segundo as agências internacionais, que tiveram acesso ao documento.

«A União Europeia acompanha com grande preocupação a resposta às manifestações em todo o Irão. A UE condena com firmeza a utilização de violência contra os manifestantes que levou à morte de várias pessoas», acrescenta o texto

quinta-feira, 18 de junho de 2009

IRÃO - Internet ao serviço da revolução

Enquanto os meios de comunicação tentam descobrir como contar o que se passa no Irão, dentro do país milhares de pessoas estão a fazer-se ouvir através das novas teconologias. Blogues escritos a partir de Teerão, redes sociais e videos feitos com telemóvel. Uma fonte enorme de informação, disparada ao minuto, mas cuja qualidade é dificil de controlar.



quinta-feira, 11 de junho de 2009

Israel condena ataque ao Museu do Holocausto


A embaixada de Israel em Washington condenou o tiroteio ocorrido esta quarta-feira no Museu do Holocausto da capital americana, que fez dois feridos e que foi iniciado por um anti-semita de 89 anos.
«Choca-nos e entristece-nos os tiros ocorridos hoje no Museu do Holocausto em Washington. A embaixada de Israel condena este ataque e acompanha a situação de perto», lê-se num comunicado.
Segundo a polícia, o atirador e um segurança ficaram feridos no tiroteio, que semeou o pânico no coração turístico de Washington, sendo que os dois foram conduzidos para o hospital.
O motivo do ataque é ainda desconhecido, apesar de o autor, um idoso anti-semita, ser um antigo membro de um grupo defensor da superioridade da raça branca.

Atirador mata guarda no Museu do Holocausto em Washington

Um homem armado invadiu o Museu Memorial do Holocausto, em Washington, nesta quarta-feira, e matou um guarda, informou a polícia americana. Durante o ataque, o atirador também ficou ferido e está internado no George Washington University Hospital em estado crítico.
Segundo a polícia, o homem portando um rifle teria entrado no museu às 12h45 (13h45, no horário de Brasília) e disparado contra um segurança. Dois outros guardas teriam respondido aos tiros, atingindo o autor dos disparos.
O atirador foi identificado como James Von Brunn, de 88 anos, morador do Estado de Maryland. Von Brunn é ligado a grupos supremacistas brancos e, segundo a imprensa americana, tem um site no qual veicula conteúdo racista.
De acordo com a imprensa americana, ele já havia sido preso em 1981 por ter entrado na sede do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) portando uma arma.
O segurança atingido, identificado como Stephen Tyrone Johns, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Segundo a direção do museu, Johns trabalhava no local há seis anos e "morreu no cumprimento de seu dever".
Gritos
Pessoas entrevistadas pelas emissoras de TV americanas que estavam no local no momento dos disparos contam ter ouvido gritos, visto sangue espalhado pelo chão e vidro quebrado.
O museu foi evacuado após o tiroteio, e as ruas próximas à instituição foram bloqueadas pela polícia.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar entristecido com o incidente, segundo a Casa Branca. A Embaixada de Israel em Washington também condenou o ataque.
O Museu do Holocausto normalmente conta com forte serviço de segurança, com guardas situados tanto dentro como fora da instituição. Ao entrar no museu, o visitante tem de passar por um detector de metais.
Na noite desta quarta-feira, o museu abrigaria um evento que contaria com a presença do procurador geral dos EUA, Eric Holder.
O museu fica no National Mall, região que abriga museus e célebres cartões postais de Washington, como o Monumento de Washington.

Cerca de 1,7 milhão de turistas visitam a região anualmente.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

COREIA DO NORTE - VIDEOS NOTICIAS





Reunião Ásia-Europa termina com condenação à Coreia do Norte

Hanói, 26 mai (EFE).- Os mais de 40 Governos que fazem parte do Fórum Ásia-Europa (Asem) condenaram hoje em Hanói o teste nuclear da Coreia do Norte e pediram a Pyongyang que retome o diálogo diplomático pela desnuclearização da península coreana.



"Os ministros condenam o teste nuclear de 25 de maio da Coreia do Norte, que constitui uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", diz a declaração final da reunião de ministros de Assuntos Exteriores do Asem, realizada durante dois dias na capital vietnamita.



"Os ministros urgem firmemente a Coreia do Norte a não realizar nenhum teste nuclear mais e cumprir devidamente as resoluções e decisões da ONU", diz ainda a nota, promovida pela delegação do Governo japonês enviada a Hanói.



O regime comunista norte-coreano fez na madrugada de ontem seu segundo teste nuclear e conquistou a atenção dos diplomatas enviados a Hanói, tirando o foco da crise econômica, que aparecia como tema principal da reunião.



O Conselho de Segurança da ONU condenou o teste nuclear, da mesma forma que tinham feito horas antes os ministros do Asem, liderados pela Coreia do Sul, que está tecnicamente em guerra com o Norte há meio século.



O regime de Pyongyang respondeu às críticas internacionais com o lançamento de vários mísseis e o anúncio de que seu Exército está preparado para uma batalha contra qualquer tentativa de "ataque preventivo" por parte dos Estados Unidos, segundo informou a agência estatal de notícias "Yonhap".



Outro assunto que ocupou lugar de destaque nas conversas do Asem foi a situação dos direitos humanos em Mianmar e, especialmente, o julgamento contra a líder da dissidência e prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, que viveu 13 dos últimos 19 anos reclusa.



O trabalho diplomático feito pelas delegações europeias conseguiu que a declaração final incluísse o tema birmanês.



"Os ministros pediram a libertação urgente dos detidos e que sejam levantadas as restrições aos partidos políticos", diz o texto, que também solicita "ao Governo birmanês que prepare e dirija eleições plurais em 2010, livres e limpas".



O pedido acontece no momento em que Suu Kyi, de 63 anos, é julgada em um presídio por ter violado as condições da prisão domiciliar, um delito penalizado com até cinco anos de reclusão.



Os ministros europeus e japonês fizeram ontem uma chamada à libertação de Suu Kyi de uma maneira muito mais taxativa, depois de se reunirem com o chanceler birmanês, Nyan Win, em Hanói.



No entanto, a menção na declaração final ganha especial importância já que entre os signatários se encontram vários vizinhos do regime birmanês.



O comunicado da nona reunião de chanceleres do Asem também inclui um parágrafo dedicado à Aliança de Civilizações promovida pelo presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.



"Os ministros expressaram seu apoio à Aliança de Civilizações e deram as boas-vindas aos resultados do fórum realizado em Istambul em abril de 2009, que ofereceu um local para manter um diálogo global e inclusivo", assegura o texto.



A Aliança de Civilizações é o nome pelo qual se conhece a proposta feita em 2004 por Zapatero perante a ONU que defende o estabelecimento de laços entre Ocidente e o mundo muçulmano a fim de combater o terrorismo por uma via diferente da militar.



O Asem é uma iniciativa dedicada a impulsionar a cooperação entre ambos os continentes. Do grupo, fazem parte, além dos 27 países da União Europeia, China, Coreia do Sul, Índia, Japão, Mongólia, Paquistão e os membros da Asean (Mianmar, Brunei, Camboja, Laos, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã). EFE

História da Coreia do Norte

História da Coreia do Norte


A história da Coreia do Norte começa quando acaba a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Neste ano os japoneses foram expulsos da península coreana e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Os soviéticos estabeleceram-se ao norte do paralelo 38 e os estadunidenses ao sul. Formaram-se dois países divididos que reclamavam o direito sobre toda a península, cada um proclamando ser o legítimo representante do povo coreano.

A paz se mantinha fragilmente e em 25 de junho de 1950 a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro. Em 27 de julho de 1953 foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da ONU, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países.

Um regime de partido único tal qual o soviético foi implantado no país e tem sido assim até hoje. A Coréia do Norte apresentava bons índices de desenvolvimento econômico e industrial durante todo o terceiro quarto do século XX, graças à ajuda da URSS e ao cenário econômico mundial, mas a partir da crise do petróleo que surgiu nos anos 1970 o país sucumbiu diante da modernização tecnológica e econômica dos países capitalistas e não mais conseguiu se reerguer. Hoje depende freqüentemente de ajuda humanitária e apresentou, em 1995, um IDH com o Coeficiente de Gini no valor de 0.766, similar ao da China nos dias atuais, e superior ao IDH do Brasil na época. Mas o país, que passa por crises sociais graves busca acordos multilaterais para se re-erguer.

Em 1994 morreu Kim Il-sung, que governara o país desde 1948. Seu filho, Kim Jong-il, assumiu o comando do partido dos trabalhadores norte-coreano em 1997, e seguindo a linha do pai, opõe-se à abertura econômica do país, inflando gastos com o setor militar, possivelmente para barganhar algo dos inimigos políticos.


Da divisão à Guerra da Coréia

O comitê provisório popular da Coréia do Norte exerce as funções de governo provisório. A lei sobre a reforma agrária de 5 de março de 1946 aboliu a propriedade feudal. A lei de 10 de agosto de 1946 nacionalizou as grandes indústrias, os bancos, os transportes e as telecomunicações. O primeiro código do trabalho foi estabelecido pela lei de 24 de junho de 1946. A lei de 30 de julho de 1946 proclamou a igualdade dos sexos. Uma campanha de alfabetização foi iniciada em 1945.

A divisão da Coréia, desde a capitulação japonesa em 1945, estabeleceu os soldados soviéticos e americanos em partes diferentes divididos pelo trigésimo oitavo paralelo, ao final de 1948. Ao sul, os Estados Unidos colocaram em prática uma administração militar direta, e uma organização de eleições em 10 de maio de 1948, que conduziu à proclamação da República da Coréia, em 15 de agosto de 1948.

Depois da Pyongyang de uma conferência, reunindo as organizações da Coréia do Norte e do Sul, em abril de 1948, as eleições legislativas (organizadas clandestinamente ao Sul) foram feitas em 25 de agosto de 1948. Em 9 de setembro de 1948, a Assembléia popular proclama a República popular democrática da Coréia à Pyongyang.

A Guerra da Coréia
Depois de um rápido avanço das tropas norte-coreanas comandadas por Kim Il Sung, que ocuparam logo quase toda peninsula, a exceção de uma ponta à Pusan, as forças americanas e de outros países ocidentais se uniram sob a bandeira da Organização das Nações Unidas em 7 de julho de 1950 : o boicote pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (ou URSS), do Conselho de Segurança das Nações Unidas, da Organização das Nações Unidas permitiram ao Estados Unidos de considear a Coréia do Norte como agressor e de fazer votar uma intervenção das Nações Unidas. A contra-ofensiva americana invadiu a Coréia do Norte em 26 de outubro de 1950. O armisticio assinado em Panmunjeom em 27 de julho de 1953 está ainda em vigor até os dias de hoje, na ausência de um tratado de paz.




조선 민주주의 인민 공화국



(Chosŏn Minjujuŭi Inmin Konghwaguk)


República Democrática Popular da Coreia

Lema:



강성대국
"Cada um tem a certeza de ganhar se acreditar e depender do povo"
Hino nacional: Aegukka
(canção patriótica)
Gentílico: norte-coreano








Capital - Pyongyang
39° 02' N, 125° 45' E
Cidade mais populosa - Pyongyang
39° 02' N, 125° 45' E
Língua oficial - coreano
Governo - República socialista Juche
- Presidente Kim Yong-nam
- Líder do Comité de Defesa Nacional Kim Jong-il
- Primeiro-ministro Kim Yong-il
Independência do Japão
- Declarada 15 de Agosto de 1945
- Reconhecida 9 de Setembro
Área
- Total 120.540 km² (96º)
- Água (%) 0,1

Fronteira

Coreia do Sul
China
Rússia


População
- Estimativa de 2009 : 22.665.345 hab. (52ºº)
- Densidade : 182,25 hab./km² (41ºº)
PIB (base PPC) : Estimativa de 2007 (est.)
- Total : US$40,00 bilhões USD (89º)
- Per capita : US$1,700 USD (156º)
Indicadores sociais
- Gini (2008) : 31 – baixo
- IDH (1998) : 0.766 (º) – médio
- Esper. de vida : 71 anos (125º)
- Mort. infantil : 19.86/mil nasc. (103º)
- Alfabetização : 100 %% (º)
Moeda : Won norte-coreano (KPW)
Fuso horário : (UTC+9)
Cód. ISO: .kp
Cód. Internet :
Cód. telef. :++850

domingo, 17 de maio de 2009

Médio Oriente: Israel autoriza delegação de extrema-direita a deslocar-se a sector de Hebron


Jerusalém, 17 Mai (Lusa) - O ministro da Defesa israelita, Ehud Barak, autorizou a deslocação, segunda-feira, de uma delegação de parlamentares de extrema-direita a um sector de Hebron, na Cisjordânia, ocupado por Israel, anunciou hoje o seu porta-voz.
"O ministro da Defesa [trabalhista] Ehud Barak respondeu favoravelmente a um pedido de (4) deputados da União Nacional que pretendem efectuar uma visita a Hebron e à Caverna dos Patriarcas", lugar venerado por judeus e islâmicos, afirmou Ronen Moshe.
"Contudo, Barack não autorizou que os deputados penetrem na parte da cidade sob controlo da Autoridade Nacional Palestiniana", frisou.

Tchechénia: Três rebeldes mortos em operação contra grupo de insurrectos


Moscovo, 17 Mai (Lusa) - Três rebeldes foram mortos por forças da ordem, perto da Tchechénia, república do Cáucaso russo, refere hoje a agência Interfax, que cita o dirigente tchecheno pro-Kremlin, Ramzan Kadyrov.
"Três rebeldes foram eliminados. Algumas informações dão conta de outros mortos e feridos entre os rebeldes", adiantou Kadyrov, citado pela Interfax.
Os rebeldes foram mortos na Ingúchia, região adjacente à Tchechénia, duas repúblicas de maioria muçulmana, sublinha a Interfax.

Links com detalhes sobre tropas históricas ou que adquiriram renome nos campos de batalha.

100th Bomb Group (H) - Autor: 100th Bomb Group Foundation

Descrição: Site Oficial do Centésimo Esquadrão de Bombardeiros B-17


A Estrela da África - Autor: Wolfgang Garlipp

Descrição: Página sobre a atuação do 27o. Grupo de Caça Alemão no Norte da Africa, com destaque para o ás Hans J. Marseille.

Afrika Korps - Autor: n.d.

Descrição: site sobre o Afrika Korps com fotos e historias obs: todo em alemão


Afrikakorps - Autor: Ricardo Fan

Descrição: O Deutsches Afrikakorps (ou simplesmente Afrika Korps ou DAK) foi o comando alemão que controlava as divisões Panzer na Líbia durante a Campanha do Norte da África durante a Segunda Guerra Mundial [entre 1941 a 1943]. Foi formado a 19 de Fevereiro de 1941, após o OKW ter decidido enviar uma força expedicionária para ajudar o exército italiano, que tinha sido alvo da contra-ofensiva britânica, a operação Compasso. A força expedicionária alemã, comandada por Erwin Rommel, no início consistia do 5º Regimento Panzer e de várias outras pequenas unidades. Site com fotos e informações.

FEB - Força Expedicionária Brasileira - Autor: Roberto Graciani

Descrição: Homenagem a FEB e a Raul Graciani, veterano do 8º GAC.


IJNAF - Força Aéro-Naval Japonesa - Autor: Aislan Sueyoshi

Descrição: Fala sobre a força aero-naval japonesa, com relatos e fórum sobre estratégia na frente aerea ofensiva contra a USAF.


Luftwaffe39-45 - Autor: Não informado

Descrição: O melhor site sobre a Luftwaffe, suas histórias e seus pilotos em lingua portuguesa do mundo.


O "Lapa Azul" - Autor: Durval Jr.

Descrição: Site do documentário dedicado à memória do III Batalhão do 11º Regimento de Infantaria, da FEB, na II GM.


Sentando a Pua! - Autor: Luis Gabriel

Descrição: O Sentandoapua.com.br conta um pouco da história da FAB durante a 2ª Guerra Mundial, dando especial enfoque ao 1º Grupo de Caça e a 1ª ELO.


Tropas de Elite - Autor: Carlos David

Descrição: A mais completa homepage sobre as tropas de elite de todos os tempos. Ricamente ilustrada com fotos e desenhos e repleta de informações. Contém uma seção especial sobre tropas brasileiras.

Sites específicos sobre as armas (navais, aéreas ou terrestres) usadas nos grandes conflitos.


Achtung Panzer! - Autor: George Parada
Descrição: Ótimo site sobre tanques alemães, tem bastante informações e fotos.
Aeroestampas - Autor: Aroldo
Descrição: Os primeiros aviões da história da aviação, aviões de combate da I e II guera mundial.
Bismarck - Autor: Pedro Antunes
Descrição: Página dedicada ao famoso Couraçado Alemão da 2ª Guerra Mundial.
F. Prado - Autor: Fábio Prado
Descrição: Sobre tanques de guerra, novos e antigos.
gunpics.net - Autor: gun pictures .net
Descrição: site sobre armas da segunda guerra com fotos espetaculares.
luft46 - Autor: Dan Johnson
Descrição: Site em ingles.Fala dos projetos que a Luftwaffe tinha para 1946,caso a guerra continuasse.
Military Power Review - Autor: George Abbud
Descrição: Assuntos militares em geral, história militar, tropas de elite, uniformes, aviões de combate, tanques, emblemas e fotos.
Nahverteidigungswaffe - Autor: Marco Aulette
Descrição: Coletânea de fotos coloridas de carros de combate apresentados nos principais museus sobre o assunto no mundo.
Portal Militar - Autor: Cesar do Rosario Ferreira
Descrição: Descrição detalhada de todos os veículos e aeronaves utilizadas no Brasil pelas suas FA´s e Forças Policiais. Muitas fotos, informações e perfis.
PzKpfw V Panther - Autor: Wolfgang Garlipp
Descrição: Breve histórico sobre a criação e desenvolvimento do tanque médio alemão "Panther" na 2a.Guerra Mundial
Railway Gun Web Museum - Autor: N. Robinson
Descrição: Sítio sobre artilharia ferroviária, incluíndo trens blindados, de diversos países. Inclui dados sobre o Dora, o maior canhão já produzido e usado no cerco de Sebastopol.
Screenshotart - Autor: Marco Antonio Aulette
Descrição: Site de Arte digital. Uma quantidade massiva de arte baseada na aviação da 2ª Grande Guerra Mundial
The Armor Site! - Autor: fprado
Descrição: Sobre tanqwues de guerra novos e antigos
The WWII Fighter Gun Debate - Autor: Ted Bradstreet
Descrição: Excelente sítio discutindo armamento (canhões e metralhadoras) para aviões.
U47.org - Autor: Rick D. Joshua
Descrição: Site em inglês dedicado ao submarino alemão U47 e seu comandante, e claro a scapa flow
WARBIRDS - Os Lendários Combatentes da SGM - Autor: Júlio César Guedes Antunes
Descrição: Artigos suscintos sobre aeronaves de combate da Segunda Guerra Mundial, originárias da Alemanha, EUA, Inglaterra, Itália, URSS, Holanda, Polônia, Japão, França e Brasil.

Sites sobre jogos voltados aos temas da primeira e segunda guerras mundiais.



Navy Field - Autor: Stephano Ramos
Descrição: Este é o site do jogo Navy Field. Trata-se de um jogo de estratégia naval online, em tempo real, ambientado na 2ª Guerra Mundial.

- = T C H E = - - Autor: Vitor "HaRaMiZ" Souza
Descrição: Clan de Battlefield 1942.

1 st Brazilian Fighter Squadron - Autor: Julio Cesar e outros
Descrição: É um site dedicado ao Primeiro Grupo de Caça que lutou na WWII no front da Italia. Reproduzimos os confrontos no simulador IL-2 Sturmovik da UBI Soft. Preservamos a historia da nossa aviaçao de caça da WWII, principalmente reproduzindo texturas historicas do famoso P47D

Battlefield Central - Autor: indicado por Marcelo Kufi Küfner
Descrição: Site que congrega os jogadores brasileiros do Battlefield 1942.

Battlefront - Autor: Indicado por Tiago Constantino
Descrição: Site em que se pode fazer downloads de jogos de estratégia, do tipo "Combat missiom: beyond overlord".

Brazilian Clan - Autor: K1LL1nG
Descrição: Site do clan Brazilian Clan do jogo Call of Duty 2 e Call of Duty United Offensive. ! MaiS QuE UM ClaN! UmA FamiliA!

Clan Circulo de Fogo =CF= - Autor: =CF=Dark_RS
Descrição: Clan brasileiro do jogo Medal of Honor Allied Assault.

Clan KRAS de MOHAAS - Autor: Kras
Descrição: Site do clan Kras do jogo Medal Of Honor Allied Assault SpearHead

Clan Method Of Destruction - Autor: Casanova
Descrição: Um clan formado não apenas por jogadores e sim por uma grande familia.

Cockpit News - Autor: Fabiano
Descrição: O Seu jornal On-Line de Simuladores de vôo de combate! Jogos, Dicas e informações sobre WWII e Aviação. Atualizado regularmente.

Frango Atiradores - Autor: Ian Sierra
Descrição: Site dedicado ao popular jogo Medalha de Honra.

Guerra Mundial - Autor: cabelinhu
Descrição: Jogo do tipo Web-Based baseado em fatos da Guerra. Você comanda um impérios, suas tropas e seus setores e tem o objetivo de destruir os impérios inimigos e se tornar o melhor império!

Hey Boys Clan - Site Oficial - Autor: Bussarello - Membro Oficial
Descrição: Site oficial de um clan de Medal of Honor Allied Assault™ Não é somente um Clan, e sim uma familia... "A Nossa maior luta é pela conquista da amizade."

PanzerDivision - Real Time Strategy Games - Autor: Ricardo F. A. Vianna
Descrição: Fan site de um dos melhores jogos de RTS - Blitzkrieg e Sudden Strike. Com aspectos comerciais como, por exemplo: T-Shirts com temas militares.

Saints Or Soldiers :: Clan - Autor: Vinicius
Descrição: Fórum de discussão sobre o jogo Call of Duty 2. O clan está atualmente recebendo novos membros.

SDF CLAN SH - Autor: SDF
Descrição: site do clan SOLDADOS DE FORÇA do jogo medal of honor spearhead.

Sentai Kamikaze Brasil - Autor: SK_FlashBack
Descrição: Grupo aéreo virtual da segunda guerra mundial, simulando em IL2 FB + AEP + PF, voando pelas forças do eixo, honrando o Império Japonês, comandante Hamasaki, sub. c. Ronin. Nosso site possui dados técnicos, fotos e informações gerais sobre a IJNAF e seu braço aéreo da JAAF no conflito da 2ºGM.

The Blitzkrieges - BF1942 - Autor: Victor L.
Descrição: Site do jogo BattleField 1942

UMGC: União Mega Gamers Clan - Autor: Gustavo Licks Henke
Descrição: Site do clã de Call of Duty 2 União Mega Gamers Clan. Site em Update, aguarde...

VF-1 - Autor: Marco Antonio Aulette
Descrição: Site sobre o esquadrão virtual VF-1 (combatendo na arena virtual Warbirds-FHR e IL-2 Forgotten Battles), criado em homenagem ao esquadrão homônimo da Marinha do Brasil. Contém informações, notícias e links relacionados à aviação.

War machine - Autor: Shion Apolo
Descrição: Site de Clã de BF1942. Somos na maioria de Caxias do Sul, RS, mas temos jogadores de vários lugares do país em nossa equipe.

[AMI] - BF Team - Autor: RivolTa
Descrição: Equipe do jogo BattleField 1942, inspirado na 2ªGM. Para maiores detalhes e organização, em nosso site.

SoH - Soldiers of Honor - Autor: SoHZacca
Descrição: Site do Clan SoH - Soldiers of Honor. Um clan de Medal of Honor Spearhead, e Call of Duty 2.

Guerra do Iraque


Após os atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos entraram em alerta contra seus possíveis inimigos. Empreenderam uma guerra contra os afegãos derrubando o governo talebã, mas não conseguiram capturar o terrorista Osama Bin Laden. Paralelamente, o presidente George W. Bush criou a Lei Antiterrorismo, pela qual o Estado teria o direito de prender estrangeiros sem acusação prévia e violar determinadas liberdades individuais.Nesse mesmo período, o governo norte-americano conseguiu a liberação de fundos do orçamento para o investimento em armas, no valor de 370 bilhões de dólares. Com o passar do tempo, o fracasso na captura de Bin Laden direcionou atenção do governo norte-americano contra outros possíveis inimigos dos EUA. O chamado “eixo do mal” teria como alvos principais alguns países como Irã, Coréia do Norte e Iraque. Este último, comandado por Saddam Hussein, foi o primeiro a ser investigado pelos EUA. No ano de 2002, o presidente George W. Bush iniciou uma forte campanha contra as ações militares do governo iraquiano. Em diversas ocasiões, denunciou a presença de armas de destruição em massa que poderiam colocar em risco os Estados Unidos e seus demais aliados. Após denunciar a produção de armas químicas e biológicas no Iraque, os EUA conseguiram que uma delegação de inspetores das Nações Unidas investigasse o estoque de armamentos controlados por Saddam Hussein.Em fevereiro de 2003, os delgados da ONU chegaram à conclusão que não havia nenhum tipo de arma de destruição em massa no Iraque. Contudo, contrariando a declaração do Conselho de Segurança da ONU, o presidente George W. Bush formou uma coalizão militar contra os iraquianos. No dia 20 de março de 2003, contando com o apoio de tropas britânicas, italianas, espanholas e australianas, os EUA deram início à guerra do Iraque com um intenso bombardeio.Em pouco tempo, a força de coalizão conseguiu derrubar o governo de Saddam Hussein e instituir um governo de natureza provisória. Em dezembro de 2003, o governo estadunidense declarou sua vitória contra as ameaçadoras forças iraquianas com a captura do ditador Saddam Hussein. A vitória, apesar de “redimir” as frustradas tentativas de se encontrar Bin Laden, estabeleceu um grande incômodo político na medida em que os EUA não encontraram as tais armas químicas e biológicas.Passados alguns meses, a população iraquiana foi levada às urnas para que escolhessem figuras políticas incumbidas de criar uma nova constituição para o país. Passadas as apurações uma nova carta foi criada para o país e o curdo Jalal Talabani foi escolhido como presidente do país. Em um primeiro momento, tais episódios indicariam o restabelecimento da soberania política do país e o fim do processo de ocupação das tropas norte-americanas.No entanto, o cenário político iraquiano esteve longe de uma estabilização. Os grupos políticos internos, sobretudo dominados por facções xiitas e sunitas, se enfrentam em vários conflitos civis. Ao longo desses anos de ocupação, os Estados Unidos vem empreendendo uma batalha que não parece ter fim, pois as ações terroristas contra suas tropas continuam ocorrendo. Em 2008, com o fim da era George W. Bush existe uma grande expectativa sobre o fim da presença militar dos EUA no Iraque.

Shimon Peres aprova declarações do rei da Jordânia sobre a paz

O presidente israelita, Shimon Peres, mostrou-se "muito animado" neste domingo com as declarações do rei Abdullah II da Jordânia, por ter referido a possibilidade de 57 países reconhecerem Israel no marco de uma paz entre os árabes e os israelitas.
"Sua majestade o rei referiu-se a 57 países envolvidos na paz (...), acredito que este posicionamento é muito animador e vem num bom momento", disse Peres, durante o Fórum Económico Mundial.
O rei Abdullah disse sábado em entrevista à AFP que "57 países não reconhecem Israel, ou seja, a terça parte dos países membros da ONU, e a razão é que a ocupação continua e falta um acordo de paz".
O rei pediu uma "retirada de todos os territórios ocupados palestino, sírio e libanês, em contrapartida de relações normais com todos os países árabes".
Peres indicou por sua vez que as divergências diminuíram entre os negociadores palestinos e israelitas e podem ser superadas se forem acrescentadas algumas "ideias novas". Peres vai encontrar -se com o rei Abdullah da Jordânia.

SAPO/AFP

Guerrilha decide depor armas para acabar com combates

A guerilha Tamil anunciou no domingo que decidiu depor as armas para acabar com os combates com as tropas do Sri Lanka no nordeste da ilha
«Só nos resta uma opção: eliminar a última débil desculpa do inimigo para matar o nosso povo. Decidimos calar as nossas armas», afirmou, em comunicado, o chefe das relações internacionais da guerrilha dos Tigres da Libertação Tamil.
A nota da guerrilha Tamil foi colocada na página da Internet 'TamilNet'.
O responsável anunciou igualmente que nas últimas 24 horas 3000 civis tamiles morreram e outros 25 000 ficaram feridos e precisam de assistência médica.
«É o nosso povo que está a morrer por causa das bombas, dos ataques, das doenças e da fome. Não podemos permitir que sofram mais», acrescentou o líder da guerrilha.
O exército cingalês já tinha anunciado o resgate de todos os civis (50 000) que os Tigres de Libertação Tamil tinham como reféns no nordeste da ilha.
«Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para deter esta carnificina. Se isso significa calar as nossas armas e entrar num processo de paz, isso é algo a que já demos o nosso acordo», sublinhou.
Sábado, o Exército reivindicou ter tomado a última franja de território sob controlo dos rebeldes, cercados agora em menos de um quilómetro quadrado de terra sem saída para o mar.
De acordo com dados da Nações Unidas, 7000 civis foram mortos e 16 700 feridos entre 20 de Janeiro e 07 de Maio.

Lusa/SOL